Enquanto a gente espera aqui no Brasil, mais de 2,3 milhões já receberam o presente de Natal antecipado e foram vacinados contra a Covid-19 no mundo, até esta terça, 22.
Seis países agiram rápido, saíram na frente e conseguiram comprar – ou produzir – a vacina antes dos outros e estão imunizando suas populações, para evitar novos doentes e mortos.
São eles: Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Israel, China e Rússia, que aprovaram as doses dos imunizantes para uso emergencial ou definitivo. O portal Our World in Data – veja aqui – mostra online como está a vacinação no planeta. (Mapa abaixo)
Vacinas x países
China e Rússia usam vacinas próprias, autorizadas pelos governos dos dois países.
A Rússia aplica a Sputnik V, com imunizantes criados pelo Instituto Vector e pelo Instituto Gamaleya.
A China tem três vacinas diferentes: a Sinopharm, a CanSino e Sinovac, que no Brasil está sendo produzida em parceira do Instituto Butantan, em São Paulo.
Nenhuma das vacinas da China concluiu ainda a terceira fase estudos de segurança e eficácia, exigida para a aprovação por órgãos reguladores de outros países.
Reino Unido, EUA, Israel e Canadá estão vacinando a população com a vacina da Pfizer/BioNTech.
E os EUA também aprovaram e distribuíram a vacina da americana Moderna, ou seja, o país está vacinando a população com dois imunizantes diferentes.
Vacina de Oxford
O mundo aguarda agora a vacina de Oxford, que durante a primeira onda da pandemia apareceu como a alternativa mais promissora, porém, até hoje ela não foi aprovada por nenhum órgão regulador do mundo. A ponto de o Reino Unido, onde foi criada, estar aplicando a vacina norte-americana na Pfizer.
Apesar de ter sido 1ª a ter estudo da fase 3 de testes publicado em revista científica e de apresentar eficácia de 62 a 90 %, a vacina de Oxford e da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca ainda precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores: no Reino Unido, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês) e a Anvisa, aqui no Brasil.
A Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca já negociaram mais de 2 bilhões de doses com diversos países.
Brasil
No Brasil a vacina de Oxford deverá ser fabricada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mas por enquanto, o imunizante inglês não foi aprovado por nenhum órgão regulador do mundo.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta terça, 22, que começará a entregar a vacina de Oxford ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro. Palavra do presidente do instituto, Nísia Trindade, durante uma audiência sobre o combate à Covid-19 realizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados.
No contrato firmado pelo governo federal, o Brasil receberá o chamado “ingrediente farmacêutico ativo” (IFA) para processamento e envase das doses na fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
A previsão da Fiocruz derruba ao menos parte do cronograma anunciado pelo ministro Eduardo Pazuello no dia 17. O ministro previa a entrega de 24,7 milhões de doses ainda em janeiro, sendo 15 milhões delas da vacina de Oxford.
Dória
O governador de São Paulo, João Doria – que pretende começar a vacinação no Estado no dia 25 de janeiro – anunciou que na próxima quinta, 24, SP receberá um lote com matéria-prima para mais 5,5 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butatan.
Dória afirmou que, com o novo lote, São Paulo terá até 31 de dezembro 10,8 milhões de doses disponíveis.
Porém, a Coronavac ainda não apresentou para a Anvisa os estudos sobre a fase 3 de testes e a taxa de eficácia do imunizante. É isso que falta para que a vacina chinesa consiga registro para ser aplicada na população de São Paulo e de outros 11 Estados e 276 municípios que já formalizaram interesse em parceria com o governo paulista.
Com informações do G1, BBC, NTY e CNN
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