//”Julho Verde” alertou para conscientização e combate ao câncer de cabeça e pescoço
//Estudo realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que 80% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no hospital são ou já foram tabagistas.
Quando se trata do etilismo (consumo excessivo de álcool), os números representam 50% dos pacientes. Os tumores considerados de cabeça e pescoço são aqueles localizados na boca, faringe, laringe, glândulas salivares, cavidade nasal e da tireoide. Além do tabagismo e do etilismo, outro fator de risco para o surgimento do câncer na região, porém menos comum, é a infecção pelo vírus do HPV (papilomavírus humano), transmitidos por sexo oral.
No Icesp, cerca de 60% dos pacientes em tratamento estão entre 51 e 70 anos, sendo que os cânceres de boca e laringe são comuns no público masculino, e o de tireoide, no feminino. Em 2017 foram realizadas 157 cirurgias nesses pacientes, em sua grande maioria para tratamento de cânceres de lábio, cavidade oral e faringe, que representaram 87% do total.
O Chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Icesp, Marco Aurélio Kulcsar, explica que os sinais mais comuns de alerta são manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas persistentes, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz.
“É importante procurar uma avaliação médica se qualquer sinal de alerta persistir por mais de 15 dias. Quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida após o tratamento. O prognóstico dos cânceres de cabeça e pescoço varia conforme seu estadiamento. Nos casos precoces, podemos falar em cura ao redor de 70 a 90%. Já nos tumores maiores, com estadio avançado, a sobrevida cai para ao redor de 30 a 50%”, afirma Kulcsar.
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