Educação

85% das universidades públicas são bem avaliadas; só 21% das privadas estão nesse patamar

Resultado de 2022 refere-se a 13 áreas de bacharelado, entre elas Administração e Direito, além de outras 13 áreas vinculadas a cursos tecnólogos

Ciclos de três anos

Os dados sempre se referem a um ciclo avaliativo de três anos, ancorado na realização do Enade (a prova feita por alunos) a um conjuntos de cursos.

“Nenhuma instituição com pós-graduação ficou na faixa 1, e aquelas com mais pós-graduações estão concentradas nas faixas maiores”, disse o diretor de Avaliação da Educação Superior do Inep, Ulysses Teixeira. “O que leva a crer que as instituições que atingem uma maturidade relevante também têm reverberações na graduação”.

O Inep também divulgou dados relacionados aos cursos, a partir dos resultados do CPC, com dados de 8.934 graduações. Também nesses indicadores há diferenças entre público e privado, bem como uma desvantagem de qualidade nas graduações a distância.

O resultado de 2022 refere-se a 13 áreas de bacharelado, entre elas Administração e Direito, além de outras 13 áreas vinculadas a cursos tecnólogos.

Entre as privadas com fins lucrativos, 27% têm CPC nas faixas 4 e 5. Percentual que sobe para 71% nas federais e é de 47% nas estaduais.

Enquanto 38% dos cursos presenciais conseguiram notas 4 e 5, esse mesmo nível foi alcançado por 26,6% das graduações a distância. É maior a concentração dos cursos online no CPC 3: são 65,2% contra 51,9% no caso dos presenciais.

Modelo de avaliação das universidades

Desde 2004 está em vigor o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior). Ele compreende a construção de indicadores destinados a estabelecer um panorama de qualidade de cursos e instituições, além de induzir melhorias. Os indicadores são também base para a supervisão e regulação do setor.

O modelo já sofreu várias críticas pela limitação de cumprir seus objetivos e pela tendência que instituições e cursos de se manterem nas faixas 3. Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), por exemplo, mostrou que o sistema não tem sido capaz de expressar o nível de qualidade dos cursos universitários do país. Ao contrário, superdimensiona em muitos casos a qualidade das graduações.

O Inep apresentou propostas em discussão para aperfeiçoamento dos indicadores. Entre as ideias estão a integração de dados sobre egressos, como empregabilidade, condições de ofertas nos cursos a distância e aperfeiçoamento dos questionários.

Por Paulo Saldaña – ICL Notícias

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