O eletricista de manutenção Luiz Carlos Prates nem todos conhecem. Mas, no sindicalismo, não há quem desconheça o Mancha do Conlutas.
Alinhado a corrente sindical mais ideológica e à esquerda, esse trabalhador da GM de São José dos Campos, há 35 anos, surpreende pela fala ponderada e afável.
Até 10 novembro, tudo ia bem. Mancha não era mais diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, seguia na direção da Conlutas e trabalhava na fábrica, na sua profissão.
Naquele dia, porém, foi chamado pelo RH da empresa, recebendo Aviso Prévio de Dispensa sem Justa Causa. De lá pra cá, a luta tem sido para reintegrar o companheiro aos quadros da montadora norte-americana.
Mancha relata: “Além da ação do nosso Sindicato, temos recebido solidariedade de entidades nacionais e internacionais. Também procuramos o Ministério Público do Trabalho, que deve abrir procedimento”. As Centrais brasileiras, assim que a demissão ocorreu, publicaram Nota de solidariedade, chamando a empresa à negociação.
Segundo Luiz Carlos Prates, “a GM não acatou os apelos, mantém a demissão e não dialoga”. Como a montadora também demitiu em São Caetano (SP), um diretor de base do Sindicato local, Mancha vê “mudança mundial na postura da empresa frente à ação sindical”.
O Jurídico do Sindicato de São José estuda ação de reintegração e o Ministério Público do Trabalho já foi acionado. O dirigente da Conlutas também considera a possibilidade de ser suscitada a OIT – Organização Internacional do Trabalho, que preconiza o diálogo social e combate atitudes antissindicais.
Apelo – Qualquer pessoa ou entidade pode dirigir seu apelo à General Motors, no Brasil e nos Estados Unidos. A ideia é ampliar a pressão social pela reintegração do eletricista Luiz Carlos Prates, que começou a trabalhar na planta de São José em 1987.
COMO FAZER – Você pode manifestar seu apoio enviando Moção de Repúdio via e-mail. Clique aqui e acesse as informações.
MAIS INFORMAÇÕES – www.sindmetalsjc.org.br e CSP-Conlutas
Por Agência Sindical
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