A ICM – Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira – está alertando globalmente o Golpe de Estado em andamento contra o presidente Pedro Castillo, eleito em julho do ano passado para ocupar a presidência do Peru.
Nas suas redes, a ICM acentua que mais uma vez as forças da oposição ativam um novo plano para destituir o presidente Castillo.
Com um roteiro que nós, brasileiros, conhecemos muito bem, grupos políticos de oposição aprovaram no Congresso do Peru, dia 1/12, a abertura de um processo de impeachment contra o presidente, acusado de corrupção pelos parlamentares opositores.
Nesse mesmo dia 1 de dezembro, antes da decisão do Congresso, o grupo de alto nível da OEA publicou um informe preliminar, alegando alta instabilidade democrática, polarização entre poderes e confrontação permanente.
A missão recomenda que se convoque uma instância formal de diálogo entre todos os poderes para uma “trégua política” e que se o impasse continuar, o Tribunal Constitucional do Peru deveria agir.
Está marcado para o próximo dia 7 o comparecimento de Castillo para apresentar sua defesa. Se a destituição for aprovada na próxima quarta-feira (7), a vice-presidenta Dina Boluarte assume o governo.
Solidariedade sindical
A ICM e suas organizações afiliadas estão acompanhando a situação e se solidarizam com as forças vivas do Peru e suas organizações sindicais – CGTP Peru, Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Peru -, rechaçando com veemência este novo tipo de golpe que ameaça a democracia e os direitos dos peruanos.
O sindicato global destaca ainda que Castillo foi eleito presidente de forma livre e transparente por um período de cinco anos.
“Importante deter os avanços golpistas da extrema direita onde quer que seja, em especial nos nossos vizinhos da América Latina que, se obtiverem êxito, seguramente vão alimentar ainda mais as ações golpistas de grupos de extrema direita que hoje enfrentamos no Brasil e que foram derrotadas democraticamente nas urnas no dia 30 de outubro”, pontua o representante regional da ICM América Latina e Caribe, Nilton Freitas.
Por Sindicato dos Quimicos do ABC
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