Sindical

Greve prossegue, diz presidente dos Aeronautas

JUSTO - Categoria faz movimento nacional por aumento salarial e valorização profissional

Segue a greve dos pilotos, copilotos e comissários de bordo iniciada segunda, 19. A paralisação, das 6 às 8 horas, gera atrasos em pelo menos nove aeroportos: SP (Congonhas, Guarulhos e Viracopos), Rio (Galeão e Santos Dumont), Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.

“Os aeronautas farão paralisação diária de duas horas. Todas as decolagens se iniciarão após as 8 horas. Mas os voos com órgãos pra transplante, enfermos a bordo e vacinas não serão afetados”, informa o Sindicato Nacional dos Aeronautas. Categoria reivindica mais transparência nas escalas de voo e valorização profissional, com recomposição salarial e ganho acima da inflação.

Multa – O Tribunal Superior do Trabalho determinou permanência de 90% dos profissionais durante a greve, sob pena de multa de R$ 200 mil/dia caso a decisão seja descumprida.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas diz haver acatado a decisão, mantendo a greve dentro da lei.  O presidente Henrique Hacklaender avalia que o primeiro dia de greve foi bem sucedido. “Houve atrasos em algumas operações. Conforme tínhamos noticiado, esse vai ser o normal até que haja uma nova negociação” garante.

A categoria está há mais de dois meses em negociação com as empresas. “Nós tivemos duas propostas recusadas. Houve proposta dia 17, mediada pelo TRT, que também foi reprovada pela categoria, porque não atende a necessidade dos tripulantes, seja pela questão econômica, que se espera uma recomposição inflacionária, afinal de contas a categoria vem perdendo nos últimos três anos”, explica o presidente do Sindicato.

Segundo o sindicalista, os passageiros têm suprido o aumento no valor das passagens, bem como o querosene sendo subsidiado pelo governo, mas não há ganhos aos funcionários. Para Henrique, falta valorização do profissional. “Os tripulantes vivem por escalas de voo e horários de folga, e esses não são definidos nas escalas atualmente. Quando são definidos, eles têm as escalas alteradas, e isso prejudica muito a operação. Ninguém quer ter um tripulante cansado e mal remunerado pilotando ou comissariando o voo”, explicou Hacklaender.

Associações do segmento e outras entidades manifestam apoio. Entre elas, a Força Sindical. Diariamente o SNA realiza lives pra orientar os profissionais sobre o movimento.

Acesse – www.aeronautas.org.br

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

Adicionar comentário

Clique aqui para comentar

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade