Em 2016, acontecia, em São Paulo, a Primeira Feira da Reforma Agrária do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
A Agência Sindical estava no Parque da Água Branca e entrevistou o líder histórico do Movimento, João Pedro Stédile. Entrevista feita pelo jornalista João Franzin.
Principais trechos:
Ele deu três razões para as pessoas apoiarem a reforma agrária.
Primeira: “Organizamos os pobres. Assim, as pessoas ficam no campo e não virão se aglomerar nas cidades, agravando os problemas urbanos, inchando as favelas, caindo na exclusão e, muitas vezes, na violência”.
Segunda: “Transformamos o assentado em produtor de alimentos. E para toda a sociedade. Nossos assentamentos produzem 297 tipos de alimentos. O agronegócio, apenas cinco: cana, milho, soja, gado e eucalipto. Ou seja, quase nada pra comer e quase tudo pra exportar”.
Terceira: “Democratizamos a posse da terra e também a Educação. Sempre, nos assentamentos, nós construímos escolas. Conseguimos apoio de programa governamental pra formar profissionais de nível superior. Já temos mais de 15 mil, entre agrônomos e outros”.
Agroecologia – “A grande propriedade pratica a monocultura e não explora as potencialidades do solo. Nós, não. Em pequenas glebas, plantamos um pouco de tudo, aproveitando o que o solo oferece. E sem agrotóxico. Quer ver um exemplo dessa eficácia? É só olhar pro Japão, onde a propriedade não pode ter mais de dois hectares e nenhum japonês passa fome”.
Agroindústria – “Um passo adiante foi na instalação de agroindústrias. Assim, processamos e embalamos produtos que teriam vida curta – mel, leite e outros. Mas sem conservantes”.
ASSISTA – Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.
Por Agência Sindical
Adicionar comentário