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Desemprego caiu, mas ainda afeta mulheres, diz Dieese

Busca pela formalização do emprego é uma das lutas das trabalhadoras. Foto: Arquivo/Agência Brasil

O governo Lula tem  propiciado condições mais favoráveis à economia e ao emprego. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PnadC, o desemprego caiu de 7,9% no 4º trimestre de 2024 pra 7,4% no mesmo período de 2023. Ou seja, 490 mil conseguiram trabalho.

Porém, as mulheres enfrentam maiores dificuldades no mercado de trabalho. Salários menores, dificuldade de ascensão profissional e informalidade são algumas.

 

Segundo o Boletim “Mulheres no mercado de trabalho: desafios e desigualdades constantes”, do Dieese, a taxa de desocupação feminina diminuiu de 9,8% pra 9,2% entre os 4º trimestres de 2022 e 2023. Ou seja, 271 mil deixaram o desemprego. Ainda assim, no mesmo trimestre de 2023, as mulheres eram maioria dos desocupados (54,3%). Mulheres negras, mais de 35%.

O Boletim registra a inserção das mulheres no mercado de trabalho entre o 4º trimestre de 2022 e o mesmo trimestre de 2023.
Patrícia Costa, Supervisora de Pesquisa do Dieese, comenta: “A desocupação caiu entre os trimestres de 2022/23, resultado de políticas públicas, que se refletem na economia e no emprego, mas o desequilíbrio persiste. Sobretudo os que se refere às mulheres. Há desigualdades ainda”.
Informalidade – Patrícia reitera: “Existem mais homens e mulheres negros na informalidade; é indiscutível que o preconceito explica isso”. De acordo com os dados, mulheres negras representam 41,0% das trabalhadoras informais; homens 43,2%.
Projetos foram criados pra reduzir a informalidade. Casos do MEI e do Simples. A supervisora esclarece: “Eles ajudaram a organizar um pouco, mas as trabalhadoras informais ainda precisam de políticas direcionadas pra elas”. Patrícia afirma: “Só políticas públicas concretas como a Lei 14.611 de 2023 e a conscientização das empresas poderão modificar a realidade e promover a igualdade salarial”.
Pandemia – O Boletim mostra que muitas trabalhadoras não conseguiram retomar o trabalho pós-pandemia. Para Patrícia a retomada é diferente para as mulheres, devido também ao fato de que cuidar da casa dificulta a reinserção no mercado.

 

Mais – Site do DieeseClique aqui e leia o Boletim completo.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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