Mantém-se alta a tendência de aumentos reais de salário nas negociações coletivas. Os dados vêm do Dieese por meio do Boletim “De Olho nas Negociações”. O mais recente se refere a junho.
No mês, 87,8% das categorias tiveram aumento acima da inflação. Outras 8,8% ficaram no patamar do INPC. Abaixo do INPC, 3,3% das negociações.
Luís Ribeiro, técnico do Dieese, responsável pela pesquisa, falou à Agência Sindical. Ele vê estabilidade positiva nas negociações. E afirma: “O estudo revela a persistência de um quadro positivo no semestre. A soma das negociações mostra 85% delas com ganho real. Os dados vão mudar, pois ainda há muita negociação em andamento”, explica.
Segundo o técnico, há tempos os índices não apresentavam ganhos nessa proporção. “Desde 2016, houve muita variação. Não tínhamos tantas negociações com aumento real. Agora creio que chegamos a um quadro estável”, avalia.
Causas – Fatores como menos desemprego, inflação controlada e crescimento da economia contribuem para que os Sindicatos consigam avanços acima do INPC. Outro fator destacado por Luís Ribeiro é a política de valorização do salário mínimo.
Expectativa – Segue positiva, pois, numa situação normal, o segundo semestre costuma ser melhor que o primeiro, devido às negociações de categorias com maior poder de barganha, como metalúrgicos, bancários e petroleiros. Pode ser ate que melhore”.
Outro dado destacado por Luís Ribeiro é a variação real média no primeiro semestre, quando os indicadores foram positivos aos trabalhadores. Na média, as categorias têm obtido 1,59% acima da inflação.
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MAIS – Site do Dieese.
Por Agência Sindical
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