//Como todos os companheiros já sabem, a situação não está fácil para ninguém. Estamos todos os dias nas portas das empresas e obras e o assunto dos trabalhadores são sempre os mesmos, garantir o emprego.
Nas nossas campanhas salariais deste ano, nosso principal foco foi buscar formas de garantir os benefícios dos empregados. Essa Reforma Trabalhista veio para acabar com a vida profissional de todos. Os patrões querem se adequar a Reforma Trabalhista porque é mais vantajoso para eles, mas é pior para o trabalhador.
Nem todos os companheiros sabem, mas refeição no local de trabalho, cesta básica, tíquete refeição, cartão supermercado, café da manhã, participação nos lucros e resultados (PLR), rescisões de contrato de trabalho a partir de 01 ano de empresa, os acertos são feitos no sindicato, abono por aposentadoria, estabilidade pré aposentadoria, seguro de vida e garantia do abono dos dias 24 e 31 de dezembro, esses itens são conquistas sindicais, através de muita luta e muito suor ao longo dos anos.
Os mais jovens que estão iniciando sua vida profissional não sabem o quanto foi penoso conseguir esses benefícios. Diretores do Sindicato e companheiros que já estão aposentados enfrentaram greve, enfrentaram polícia, enfrentaram o patrão, passaram fome, frio, ficaram noites sem dormir, passaram dias sem ir para casa ver a família, pois estavam em greve na porta da fábrica, tudo isso por um ideal, garantir melhores condições de trabalho, antes o trabalhador enfrentava 48 horas de trabalho semanal e foi na luta que conseguimos essa redução para 44 horas semanais, nada veio de graça.
Quem está chegando agora no mercado de trabalho acha que o governo é quem garante esses benefícios, mas se engana, governo só garante o salário mínimo, FGTS, PIS e férias, o resto quem garante é o sindicato, graças a luta dos companheiros. O Sindicato é o porto seguro do trabalhador, quem não contribuir e ajudar o Sindicato manter a sede com advogados, funcionários e diretores vai voltar a escravidão.
Contribuir com o seu Sindicato é garantir seus direitos, quem não contribui não tem direito de cobrar nada. Isso é igual casamento, tem que estar juntos na saúde, na doença, na alegria e na tristeza.
Um procurador do Ministério Público do Trabalho, tem o seguinte entendimento com relação ao trabalhador não contribuir com o seu Sindicato: “Não se mostra justo que uma parcela da classe trabalhadora, em que pese não participar da vida sindical e não se engajar na busca por melhores condições de trabalho, beneficie-se de conquistas obtidas pela via do serviço de negociação coletiva.” (José Fernando Ruiz Maturana, Procurador do Trabalho).
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