//por Assessoria Econômica do Sinduscon-MG
//A difícil situação da construção civil está retratada nos resultados do seu Produto Interno Bruto (PIB), divulgado em 31 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor apresentou queda em todas as suas bases de comparação. Considerando a análise do segundo trimestre, com igual trimestre do ano anterior, a construção civil apresentou queda de 1,1% em suas atividades.
Esta é a 17ª queda consecutiva. Já no acumulado do primeiro semestre de 2018, em relação aos seis primeiros meses de 2017, a queda observada foi de 1,7%. São resultados que evidenciam as dificuldades do País fortalecer os seus investimentos e promover o seu crescimento sustentado.
O setor sofre com a difícil situação fiscal do Brasil, que muito prejudica as obras de infraestrutura, e também com a falta de previsibilidade da economia, em virtude do ambiente de fortes incertezas. Falta previsibilidade e, com isso, falta à confiança necessária aos agentes produtivos para programar os seus investimentos.
Difícil acreditar que o Brasil, com todas as suas carências, registrou uma taxa de investimento de somente 16% no segundo trimestre do ano. Para crescer e solidificar as bases deste crescimento, esta taxa certamente deveria ser superior a 23%, no mínimo. A economia brasileira cresceu 0,2% na comparação do segundo trimestre de 2018 em relação aos três primeiros meses do ano.
Os resultados do PIB estão de acordo com as expectativas dos analistas e evidenciam que a greve dos caminhoneiros abalou o ritmo de recuperação da economia. O processo de recuperação está muito lento e aquém das necessidades mais básicas do País, que vivencia um período caracterizado por fortes incertezas no cenário doméstico e também no cenário externo.
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