O presidente Jair Bolsonaro cancelou no último minuto, nesta quarta-feira (23), uma coletiva de imprensa prevista no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no dia seguinte a uma curta intervenção perante a elite mundial.
“Não haverá coletiva de imprensa”, anunciou um membro do serviço de comunicação do Fórum de Davos aos jornalistas que esperavam na sala onde o presidente deveria se pronunciar ao lado dos ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia).
“Se tivéssemos sido informados mais cedo, teríamos anunciado a vocês mais cedo”, acrescentou, reconhecendo que os organizados foram avisados em cima da hora e sem explicação.
Segundo uma fonte da Presidência, Bolsonaro retornou ao hotel “para descansar”. “Ele tem uma agenda muito carregada e precisou de um momento de descanso”, disse à AFP, informando que uma nova coletiva de imprensa não estava prevista neste momento.
Mais cedo, durante o dia, o presidente de extrema direita concedeu uma entrevista à agência Bloomberg, que o questionou sobre o escândalo financeiro envolvendo um de seus filhos.
“Se por ventura ele vier a errar, se for comprovado, eu lamento como pai, mas ele vai pagar aí o preço dessas ações que não podemos coadunar”, afirmou Bolsonaro na entrevista.
É a primeira vez que Bolsonaro se pronunciou de maneira contundente a respeito do caso, afirmando que seu filho Flávio, ex-deputado e senador eleito, deve enfrentar suas responsabilidades.
Em seu breve discurso na terça-feira em Davos, Bolsonaro afirmou que assumiu as rédeas de um Brasil “mergulhado em uma profunda crise ética, moral e econômica”.
AFP
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