O Movimento Brasil Metalúrgico realiza hoje (1º), às 9 horas, sua primeira reunião em 2019. O encontro, no Sindicato dos Metalúrgicos de SP, vai debater ações contra a postura da General Motors, que ameaça encerrar atividades no Brasil e na América do Sul, alegando prejuízos operacionais. O Movimento também visa articular resistência à retirada de direitos em outras empresas da cadeia automotiva.
A categoria pretende elaborar um plano de ação comum, já que outras empresas do setor começam a sinalizar que podem aderir às ameaças da múlti norte-americana.
A multinacional lançou comunicado em 18 de janeiro no qual alega que supostas dificuldades exigem ampla reestruturação na empresa. Segundo os dirigentes do Brasil Metalúrgico, por trás desse alarde está a pretensão de obter mais lucros, por meio do rebaixamento de direitos trabalhistas.
“Somos contra o fechamento das fábricas. Defendemos o desenvolvimento, mas repudiamos a pressão de empresas que, pra garantir o aumento de lucros, tentam impor mais sacrifícios aos trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato de São Paulo e coordenador do Brasil Metalúrgico.
A GM possui cinco fábricas no Brasil – em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, em território paulista, Joinville (SC) e Gravataí (RS). Porém, há o temor de que outras montadoras tomem a mesma atitude.
Catalão – A Agência Sindical conversou com o presidente do Sindicato local, Carlos Albino. A cidade goiana possui fábrica da Mitsubishi. Ele conta: “Aqui em Catalão, a montadora também ameaça com demissões. Eles querem reduzir salários e retirar direitos. Estão agindo da mesma maneira que a GM”.
O presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, Sérgio Luiz Leite (Serginho), diz que a entidade está preocupada com eventuais impactos. “A indústria automobilística não envolve só a área metalúrgica. Nós, do setor químico, também estamos preocupados com a atitude das montadoras”, comenta.
Brasil Metalúrgico – Criado em 2017 contra a reforma trabalhista, se reestrutura para enfrentar a crise gerada pela conduta da montadora. O Movimento, que reúne dirigentes em nível nacional, ligados a várias Centrais, incentiva outras categorias a colocar o bloco na rua pra combater os ataques a direitos conquistados pela classe trabalhadora.
O encontro será às 9 horas, na sede dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, próximo ao metrô São Joaquim).
Mais informações: www.metalurgicos.org.br
Agência Sindical
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