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Assembleia Nacional na Sé reúne 10 mil contra ataques à aposentadoria

Milhares de pessoas protestaram na Praça da Sé contra a proposta de Previdência de Bolsonaro. Reprodução: Agência Sindical

Dirigentes, ativistas, trabalhadores, das mais diversas categorias, além de aposentados, realizaram ontem (20) Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. O ato reforça posição contrária ao projeto de reforma da Previdência do governo, que praticamente inviabiliza as aposentadorias e privatiza a Seguridade Social, em afronta à Constituição.

A proposta governamental aumenta a idade mínima de aposentadoria pra 65 anos aos homens e 62 às mulheres, a ser aplicada após 12 anos de transição. Pior ainda que o de Temer, o projeto de Bolsonaro lesa pensionistas, viúvas e trabalhadores rurais.

Para o presidente da Força Sindical,  Miguel Torres, o ato é o passo inicial pra resistir aos ataques. “Não tem como aceitar uma reforma que mantenha as altas aposentadorias e privilégios de castas dentro do Estado. Reforma, sim. Mas o governo precisa cobrar os grandes devedores. É preciso acabar com a DRU (que tira 30% da receita da Previdência), taxar as grandes fortunas e dialogar com os trabalhadores”, afirma.

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, acredita que as Centrais encontraram o caminho. “É imperioso unir a classe trabalhadora contra a reforma regressiva da Previdência. Eles querem aumentar o tempo de contribuição e a idade mínima e penalizar quem mais necessita da Seguridade”, critica.

Edson Carneiro Índio, da Intersindical, avalia que o ato é o início efetivo da resistência. “O povo brasileiro e a classe trabalhadora não aceitam o fim da aposentadoria e a entrega da Previdência pública aos bancos. Com isso todos perdem. Perdem os comerciantes e a economia local, que precisam dos recursos pagos pela Previdência”, enfatiza.

Kátia Rodrigues é diretora de Assuntos da Mulher da Nova Central SP. Ela destaca a unidade do ato. “Esse é um movimento de luta das Centrais, Confederações e Federações. Precisamos de união pra derrotar o governo. A reforma da Previdência está aí e sem luta e sem resistência, nós não vamos conseguir vencer”, ressalta.

Para Alvaro Egea, secretário-geral da CSB, o caminho pra resistir é a mobilização. “Deve ser nas empresas, cidades, redes sociais, e com pressão nos parlamentares. Enfim, uma grande pressão pública em cima do Congresso Nacional. Esse é o caminho”, aponta.

Agenda – As Centrais se reúnem terça (26) no Dieese, SP, pra avaliar o ato e a proposta do governo, que já chegou ao Congresso Nacional. Os dirigentes vão definir a agenda de ações, para mobilizar as bases, esclarecer a sociedade e dialogar com os Poderes.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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