A reforma trabalhista malogrou. Desde sua sanção, pelo então presidente Michel Temer, em julho de 2017, o desemprego só aumentou. Temer prometia seis milhões de empregos. De lá pra cá, o Brasil chegou à marca de 28 milhões de pessoas desempregadas, na informalidade ou desalentadas, segundo o IBGE.
Esse fracasso foi objeto de entrevista do ministro João Batista Brito Pereira, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, a mais alta corte trabalhista do País. Na fala do magistrado, ele enfatizou: lei não gera emprego; o que gera postos de trabalho é o desenvolvimento econômico.
Repercussão – A Agência Sindical ouviu advogado e sindicalistas a respeito dos resultados da lei 13.467, da reforma trabalhista, na questão do emprego. Os entrevistados vão na mesma linha do presidente do TST.
João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical: “É um pouco tarde. A reforma prejudicou toda a sociedade, e o movimento sindical reagiu e buscou barrar no primeiro momento. Sempre soubemos disso. Agora é hora de buscar aliados nesse debate, unindo classe trabalhadora e empresários”.
Adilson Araújo, presidente da CTB: “A declaração confirma tudo o que vínhamos denunciando. Em dois anos o Brasil assistiu à desregulamentação do trabalho e à criação de uma vulnerabilidade social e trabalhista crescente. O País foi incluído na lista suja por descumprir acordos importantes e o desemprego bate nos 13 milhões, segundo IBGE”.
Marcelo de Campos Mendes Pereira, advogado trabalhista: “OAB, Anamatra e outras entidades ligadas ao mundo do trabalho se uniram para defender que o discurso da reforma trabalhista era uma falácia. Criou-se um balão de ensaio para viabilizar a precarização de direitos trabalhistas. Querem fazer o mesmo com a reforma da Previdência”.
Agência Sindical
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