Sindical

Direções dos petroleiros divergem quanto à realização de greve

Categoria é composta por mais de 60 mil trabalhadores, organizados em 18 Sindicatos. Foto: Agência Sindical

A paralisação nacional dos petroleiros marcada para sábado (26) não aconteceu. A decisão foi tomada sexta, 25, após a mediação do Tribunal Superior do Trabalho, que avalizou parte das reivindicações.

Entre os pontos alterados pelo Tribunal estão coparticipação dos empregados na assistência à saúde, agora limitada a 30%; negociação com o Sindicato pra estabelecer turnos de 12 horas; nova política de horas extras; e a extensão do acordo às subsidiárias da Petrobrás.

Base – A categoria, com mais de 60 mil petroleiros, se organiza em 18 Sindicatos, filiados a duas Federações (FUP e FNP). Ambas decidiram suspender o movimento e têm até 1º de novembro pra aprovar ou não em assembleias a nova oferta do TST.

A primeira proposta do Tribunal, apresentada em 19 de setembro e rejeitada pela categoria,   incluía 70% de reajuste salarial e a retirada de direitos contidos no ACT do setor.

FUP – José Maria Rangel, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), vê avanços na mediação. “A força da nossa mobilização gerou nova proposta do TST. Eles atenderam quatro demandas apontadas por nós”, argumenta.

O dirigente afirma que a FUP orientará pela assinatura do Acordo Coletivo. “É momento de virar a página e focar agora nossas energias na luta contra a privatização. E, caso a Petrobras não aceite, vamos retomar o estado de greve”, ele afirma.

FNP – Rafael Prado, secretário de Comunicação da Federação Nacional dos Petroleiros e presidente do Sindicato de São José dos Campos, SP, não tem a mesma opinião. Segundo ele, as alterações no Acordo são insuficientes. “Defendemos a greve e não abandonaremos as bases que tiveram a mesma posição. Mesmo com a suspensão do movimento, a categoria se mobilizou em diversas plataformas disposta a lutar”, comenta o dirigente.

Rafael destaca que os petroleiros também cobram a reincorporação do Sindipetro-RJ no processo de mediação. “A última proposta deixa de fora a base, que representa um terço dos petroleiros. Se esta exclusão for confirmada, representará, na prática, o enfraquecimento da categoria”, critica Rafael.
Mais – Acesse o site da FUP e da FNP.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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