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Sucateamento e falhas no sistema causam filas no INSS, diz dirigente

Para as mulheres, o tempo mínimo de contribuição segue em 15 anos, tanto antes quanto depois do texto entrar em vigor. Foto: Carl de Souza/AFP

Mais de dois milhões de brasileiros esperam respostas do INSS para solicitações de aposentadorias e de outros benefícios, como auxílio-doença. A saída proposta pelo governo é colocar cerca de sete mil militares da reserva para fazer o atendimento, na expectativa de diminuir a fila de processos. A medida foi anunciada terça (14) pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e da Previdência Social do Estado de São Paulo (SinsSP), Pedro Luís Totti, não é a melhor solução. Ele defende que a contratação de funcionários aposentados seria a saída mais adequada. “Esse tipo de atendimento necessita de capacitação. E os militares, mesmo treinados, não terão essa habilidade. O que está sendo feita é uma intervenção militar no INSS”.

Demanda – Sobre as filas geradas no órgão, o dirigente afirma que elas resultam das mudanças no sistema com a reforma da Previdência do governo Bolsonaro e do sucateamento do órgão. Totti destaca a falta de servidores. “Desde 2017, mais de dez mil se aposentaram. Isso era previsto. Alertamos que havia necessidade de repor essa mão de obra. Mas Temer e Bolsonaro compraram a ideia que a informatização atenderia a demanda”.

Em todo o País, segurados fazem filas diárias nas agências do INSS em busca de resposta. A maior parte dos problemas se deve a falhas nos sistemas do instituto. O dirigente diz: “O governo transformou o atendimento presencial em digital. Mas sem adequação”. E completa: “Em cinco anos não compramos computadores, o suporte não é adequado. Ou seja, o governo criou um leque de dificuldades, que é a causa de tudo isso”.

 

Mudanças – Até o ano passado, todos os pedidos feitos ao INSS eram processados em uma fila única, por ordem cronológica e sem prioridade. Segundo Pedro Totti, esse cenário mudou em julho, quando centrais foram criadas para processar cada categoria. “Se, antes, a aposentadoria era concedida em dois meses no máximo, hoje pode demorar mais de seis meses, dependendo da região”, observa.

O SinsSP representa mais de 15 mil trabalhadores no Estado de SP. Os Sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) farão reunião pra debater o problema e definir ações.

 

Mais – Acesse o site do SinspSP.

 

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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