Os trabalhadores da Petrobras estão mobilizados e preparam greve nacional, a partir de 1º de fevereiro, contra o fechamento da Fafen, fábrica de fertilizantes localizada em Araucária, no Paraná, e pelo respeito à negociação coletiva da categoria.
Com a desativação da unidade, que emprega em torno de 600 trabalhadores terceirizados, além dos 396 diretos, cerca de mil postos de trabalho serão extintos.
A Agência Sindical falou com Gerson Luiz Castellano, secretário de comunicação da Federação Única dos Petroleiros e diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquímica-PR).
O dirigente conta que não houve qualquer negociação com o Sindicato, pra discutir o destino dos funcionários. “A categoria tomou conhecimento da situação pela imprensa. Só então, fomos formalmente comunicados sobre o fato”, afirma.
Na última terça (21), trabalhadores e dirigentes do Sindiquímica-PR ocuparam a entrada da empresa, também conhecida como Araucária Nitrogenados, em protesto contra o fechamento da unidade e a fim de impedir a retirada de equipamentos.
“O que estão fazendo é um ensaio pra demitir em massa em todo o sistema Petrobras. Nossa resposta tem que ser na luta, pra reverter as demissões e impedir que se alastrem às demais unidades da empresa”, afirma o sindicalista.
Castellano alerta que a Petrobras também negocia a venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e da Usina do Xisto, ambas no polo de Araucária. As duas integram o pacote de oito refinarias que a direção da estatal pretende privatizar.
As demissões em massa anunciadas quebram o Acordo Coletivo de Trabalho e o termo assinado no Ministério Público do Trabalho (MPT), no qual a empresa se compromete a não demitir em massa durante cinco anos, sem negociação prévia com os Sindicatos.
“Não assistiremos de braços cruzados ao desmonte promovido pela gestão da Petrobras, que quer demitir e extinguir direitos. Não iremos recuar”, avisa Castellano.
Paralisação – Até amanhã (28), haverá assembleias para que os petroleiros se posicionem sobre o indicativo de greve. No dia 29, a Federação Única dos Petroleiros volta a reunir seus Sindicatos, a fim de definir os próximos passos do movimento.
Agência Sindical
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