A sexta (14) foi marcada pelo Dia Nacional de Mobilização Contra o Desmonte do INSS. Entidades de Servidores e trabalhadores do setor privado, convocadas pelas Centrais Sindicais, denunciaram a demora excessiva das agências e postos de atendimento da Previdência pra realizar o atendimento aos segurados e conceder benefícios.
Mesmo ante a calamidade, medidas efetivas ainda não foram adotadas pelo governo. O acúmulo de pedidos parados transtorna vida dos segurados. “Quem mais sofre são os trabalhadores adoecidos e os mais pobres”, diz o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
A imprensa mostra o desespero da população. Caso da vendedora Thalita Magalhães, de 26 anos. Reportagem do G1 relata que ela entrou com pedido de auxílio-doença por depressão em dezembro passado. “Estou grávida de oito meses, sem salário, afastada por depressão e dependendo da ajuda de terceiros pra comer e alimentar minhas duas filhas”, diz a segurada.
Seu último dia de trabalho foi em novembro. A empresa pagou os primeiros 15 dias de afastamento; depois ela não recebeu mais nada.
Caos – O desmonte do INSS começou no governo de Temer e se agravou com Bolsonaro. Entre 2016 e 2019, o quadro de Servidores caiu de 33 mil para 23 mil. Pedro Luís Totti, presidente de um Sindicato da categoria em São Paulo, denuncia que a falta de concursos (não ocorrem desde 2013) gera sobrecarga nos trabalhadores do órgão.
O aumento das filas virtuais também é resultado de má gestão. A justificativa do INSS é que o sistema não foi atualizado para as novas regras da Previdência, em vigor desde novembro.
Protestos – O ato principal ocorreu em SP, onde os manifestantes se concentraram na agência da Xavier de Toledo, Centro. De lá, caminhada até a Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia. “Queremos que o governo respeite o povo e acabe com as filas”, reclama o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Em Guarulhos, sindicalistas relatam que, no momento do protesto, havia 250 pessoas no posto do INSS e apenas sete funcionários.
Agência Sindical
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