Centenas de sindicalistas, de mais de 40 categorias profissionais, lotaram o auditório dos Metalúrgicos de São Paulo durante palestra de Flávio Dino, governador do Maranhão (PCdoB).
O governador abriu o ciclo de debates “O Brasil que queremos”, por meio do qual a Força Sindical pretende convidar personalidades da política e da economia para somar forças em defesa da democracia e pela retomada do desenvolvimento.
Flávio Dino foi advogado trabalhista, atuou também na Magistratura e governa o Estado pela segunda vez. Ele tem se destacado por investir na Educação e fazer uma gestão que confronta o modelo neoliberal.
“Já construímos 900 escolas e pagamos o maior Piso para o professor no País. Diziam que quebraríamos o Estado, mas a folha de fevereiro nós pagamos ainda antes do Carnaval”, disse na mesa, com a presença de dirigentes da Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB, diversas Federações e Sindicatos.
Democracia – O governador maranhense vê riscos à democracia e defende frente ampla, “antes e independentemente do processo eleitoral”. Para Dino, o governo Bolsonaro ameaça as conquistas democráticas e tenta impor um modelo de governo fechado em seu círculo pessoal e familiar. “Quando da ditadura, foi uma frente ampla e popular que nos ajudou a reconquistar a democracia e, depois, importantes direitos trabalhistas e sociais”, afirma.
Na condição de governador de um Estado nordestino, onde tem havido movimentos de policiais armados, Dino põe o dedo na ferida e critica Bolsonaro: “O presidente da República, infelizmente, alimenta motins contra a legalidade, ainda que pra isso se apoie em policiais militares insubordinados e em setores ligados a milicianos”.
Direitos – Para Flávio Dino, a reconquista do governo central por forças democráticas recolocará na agenda a questão trabalhista. “Essa reforma trabalhista e sindical que aí está terá que ser revogada”, defende. O governador voltou a reforçar o papel do sindicalismo. Ele diz: “Sindicato forte significa proteção ao trabalho e mais renda para os trabalhadores”.
Estado – Não é possível uma Nação parar em pé e proteger seu povo sem Estado forte e organizado. “Hoje, um norte-americano que contrair coronavírus gastará de cinco e seis mil dólares pra se tratar. No Brasil, é sem custo, porque o SUS, mantido pelo Estado, garante todo o tratamento”, comenta.
Centrais – Miguel Torres, presidente da Força Sindical, anunciou a continuidade do ciclo de debates e enfatizou a defesa do regime democrático. Já Adilson Araújo, da CTB, fez um chamamento à participação política. Sua mensagem: “Precisamos ser cada vez mais ativos na política e no sindicalismo. O Sindicato é uma força contra a barbárie neoliberal”.
Agência Sindical
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