O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal busca firmar, com entidades empresariais, um protocolo de saúde e segurança para a categoria. A ideia é proteger todas as funções – do motorista ao diretor de produção. O segmento abrange cinema e propaganda.
A entidade também desenvolve ações solidárias, como entrega de cestas básicas a quem ficou sem renda por causa da pandemia. Foram distribuídas mais de 500 cestas de 40 quilos, compradas pelo próprio Sindicato. Além de outras 300 menores, fornecidas por um programa do governo do Estado.
Sonia Santana, presidente do Sindcine, afirma: “A pandemia mudará muito o setor. Precisamos limitar jornadas, respeitar o distanciamento, utilizar sempre os EPIs, evitar o desgaste mental. Enfrentamos uma situação nova, que mudará o padrão de trabalho”.
Sonia, que é diretora de produção, falou na live da Agência Sindical quinta, dia 11.
Principais trechos:
Diretor de produção – A direção de produção é a responsável por armar a filmagem, pela contratação, estratégia e plano de filmagem. Conta, pra isso, com apoio de assistentes.
Retorno – O protocolo foi construído entre as entidades representativas de SP, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e as associações profissionais no Sindcine. Fizemos a várias mãos, buscando abranger todas as funções e antever situações que possam ocorrer num set de filmagens. Na cidade de São Paulo só estão liberadas filmagens de forma remota.
Esse documento, embora já circule uma versão inacabada, em momento algum significa que o trabalho está solto e aprovado. Precisamos de liberação da Prefeitura e pela Vigilância Sanitária. Queremos que seja publicado no Diário Oficial.
Como o trabalhador pode ser afetado – Temos uma organização grande, que começa pela equipe de frente. Vamos trabalhar sob estresse porque não há forma segura de se evitar a doença, pois inexiste vacina. É ilusão pensar que só a máscara e álcool em gel nos protegerão. Deve haver comprometimento da equipe e da produtora. Não teremos mais jornadas com 30/40 horas. As agências devem pensar nessas condições e nos orçamentos.
Segurança no set – Nossa Convenção Coletiva prevê seguro a todos. Também conseguimos ambulância, principalmente quando se filma em zonas de risco. Com a pandemia, teremos um profissional pra fiscalizar o uso dos EPIs. Na chegada, o técnico terá a temperatura medida, pressão e teste rápido. Isso deve gerar um relatório a ser anexado ao contrato do técnico.
Ações solidárias – Usamos nosso fundo social pra comprar as cestas de alimentos. A obrigação do Sindicato é com os associados. Muitos abriram mão em prol de outros mais necessitados.
Live – Clique aqui e assista à entrevista na íntegra
Mais – Acesse o site do Sindcine
Agência Sindical
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