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Sem o SUS, Covid-19 já teria matado 400 mil, alerta líder dos Farmacêuticos

Presidente da Fenafar, Ronald Ferreira, conclama ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Foto: Agência Sindical

A tragédia produzida pela pandemia do novo coronavírus seria uma hecatombe sem o Sistema Único de Saúde – SUS. A afirmação é de Ronald Ferreira, que presidiu o Conselho Nacional da Saúde e atualmente preside a Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar. Ele participou na terça (16) da live da Agência Sindical.

 

A categoria, organizada no País em 23 Sindicatos, possui 240 mil profissionais, dos quais 160 mil atuam diretamente no setor – em farmácias, laboratórios, pesquisas e em outros pontos de trabalho. Ronald diz: “O farmacêutico, que tem, pela lei, 124 atribuições, transforma a natureza pra poder ajudar as pessoas”.

 

O dirigente chama atenção para a necessidade de engajamento do movimento sindical pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Ele diz: “Da vacinação até um transplante de fígado, quem faz isso é o SUS”. A medicina privada só atende quem paga, e ainda assim nem sempre atende bem.

 

PRINCIPAIS TRECHOS:

 

Farmacêutico – Buscamos na natureza, na ciência e no conhecimento as possibilidades de enfrentar aquilo que desafia a vida. Na ditadura, chegamos a sumir como categoria. Nosso trabalho foi tratado como mero comércio. Comprar remédio era como comprar banana. Enfrentamos essa lógica. Conseguimos resgatar junto ao SUS esse espaço do trabalho, o que nos dá autoridade de questionar no Supremo Tribunal Federal o absurdo de um presidente da República receitar o uso da cloroquina.

 

Proteção – Precisamos acionar o Ministério Público do Trabalho, porque não havia obrigatoriedade do uso de máscara nas farmácias. São 23 Sindicatos que fazem as ações nos Estados. Buscamos protagonismo dos trabalhadores junto ao SUS, não apenas a categoria, mas atuar na proteção do conjunto dos trabalhadores.

 

Piso – É negociado por Sindicato, mas lutamos desde sempre pelo Piso nacional. Outra pauta que esse momento trouxe como debate central é a necessidade de carreira nacional. A pandemia deixa claro que a atividade de saúde mais do que nunca necessária.

 

SUS – É a única forma de manter a proteção à vida no cenário de barbárie no Brasil de hoje. São 24 milhões os brasileiros que tiveram algum sintoma da Covid-19. Desses, 85% foram atendidos pelo SUS. Se não fosse pela ação do SUS, poderíamos ter ultrapassado 400 mil mortes.

 

Frente – Criamos o movimento Saúde +10, que apresentou mais de dois milhões de assinaturas em petição por mais verbas ao SUS. São diversas organizações que fazem essa Frente pela Vida, que reúne entidades sindicais e movimentos sociais. Defendemos a vida, a ciência, o SUS, a solidariedade e também a democracia.

 

Live – Clique aqui e assista à entrevista na íntegra.

 

Mais – Acesse os sites da Marcha Virtual pela Vida e da Fenafar.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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