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Trabalhismo está acima dos partidos, afirma João Vicente Goulart

Filho de Jango e ex-presidenciável, João Vicente é entrevistado pelo jornalista João Franzin. Foto: Agência Sindical

A live da Agência Sindical de quinta (25) ouviu João Vicente Goulart. Em 2018, ele concorreu à presidência da República pelo PPL. Filho de Jango, signatário da Carta de Lisboa, ele considera o trabalhismo a grande experiência política nacional, a partir dos exemplos de Getúlio, Jango vice de JK, Jango Presidente e Brizola. Vicente afirma: “O trabalhismo está acima de um partido ou dos partidos”. A experiência política e administrativa dos trabalhistas deve orientar um projeto nacional-desenvolvimentista que livre o Brasil do jugo neoliberal, acredita.

 

PRINCIPAIS TRECHOS:

 

Candidatura – Missão partidária a gente cumpre. Saí do PDT depois de longa data. No PPL me alinhei com esses companheiros que lutaram contra a ditadura. Não tínhamos tempo eleitoral, não podíamos participar de debates. Mas nosso programa foi um dos melhores para o desenvolvimento nacional. Será bom revisitarmos a proposta do nacional-desenvolvimentismo como saída econômica.

 

Enfrentar a crise – A pandemia pegou o mundo de surpresa. Pegou o Brasil com o Guedes querendo privatizar saúde, bancos e Eletrobras. Ainda bem que tínhamos o SUS. Vamos precisar de união nacional pra sair do atoleiro. A frente ampla pela vida e democracia não quer dizer que é eleitoral. São três momentos. Primeiro a pandemia, segundo a eleição de 2022. E, a partir de 2022, fazer pacto nacional pelo desenvolvimento. Em 1955, JK representava uma ala econômica e Jango, os trabalhadores, pelo PTB.

 

Como fazer – Essa união pelo desenvolvimento só depois de 2022, com um governo eleito democraticamente. Em 2018, teve polarização entre progressismo e liberalismo. Não houve espaço pra outro debate. Podemos ter, nessa composição, uma frente que una setores do centro, com esquerda e direita, que derrote a ultradireita. As forças entre capital e trabalho têm que se reequilibrar.

 

Aliança – Precisamos do Estado condutor do desenvolvimento. Um governo saído de uma aliança desse tipo tem que enfrentar o sistema financeiro. Um governo emanado do povo pode prorrogar a dívida por mais três anos. Mas isso só é possível com uma grande aliança nacional.

 

Esperança – A humanidade vai superar essa grande tragédia. Nós, brasileiros, precisamos de concórdia, não de um governante que deboche da morte. O povo brasileiro saberá sair dessa condição. Temos que passar a viver numa era de concórdia, solidariedade e trabalho.

 

Mais – Clique aqui e assista à entrevista completa.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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