Categoria duramente afetada pela paralisação da economia – por força da Covid-19 – os hoteleiros vivem um dilema. Se não trabalham, ficam sem renda e podem perder o emprego. Se retomam o trabalho, correm risco de se expor à contaminação pelo novo coronavírus, inclusive com risco à vida.
Francisco Calasans Lacerda, presidente do Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo), conversou com a Agência Sindical sexta (26), durante nossa live diária. Ele falou dos acordos coletivos, dos aditamentos à Convenção da categoria e especulou sobre o novo padrão de trabalho na pós-pandemia, ciente de que haverá mudanças profundas.
A entidade também realizou, recentemente, sua primeira assembleia geral on-line, com grande participação e aprovação por 92% dos votantes. Mesmo ante as dificuldades – inclusive de manutenção da própria entidade de classe – Calasans não se abate. Ele afirma: “Tenho fé. A fé e o otimismo andam juntos”.
PRINCIPAIS TRECHOS:
Atuação em tempos de pandemia – “Nosso setor está parado. E a situação não é só na base do Sindicato, mas a nível de Confederação. O Brasil todo foi afetado”.
Perda – “Em nosso segmento o impacto é muito grande, até porque a gorjeta é parte importante da remuneração. Fora de atividade, o ganho zera. A categoria sente o problema na pele”.
Dificuldades – “Nosso Sindicato tem enfrentado dificuldades. Tivemos de dispensar muita gente. Mas estamos distribuindo cestas para os funcionários e trabalhadores da categoria, mais necessitados. Creio que tudo isso vai passar. Tenho esperança de poder recontratá-los, porque temos bons funcionários”.
Negociação – “Nossa data-base é 1° de julho e nossa Convenção vale até 30 de junho de 2021. Fizemos em maio assembleia virtual a pedido do Ministério Público, para aprovar os aditamentos à Convenção Coletiva”.
Assembleia on-line – “Achamos que haveria alguma rejeição, mas pra nossa surpresa tivemos mais de 4,4 mil participantes e uma aprovação superior a 90%. A classe demonstrou um nível de compreensão espetacular”.
Reabertura – “Há uma preocupação. Por um lado, achamos boa em função da economia, porque muita gente está sem trabalho e renda. Mas, por outro lado, tem a questão da saúde. Por isso, precisamos ter cuidados, principalmente com a questão dos transportes públicos, pra diminuir o risco de contaminação. Tivemos reunião com a Prefeitura pra adotar um protocolo com exigências e esperamos que a partir da reabertura se tomem as providências necessárias”.
Mais – Clique aqui e assista à entrevista completa.
Agência Sindical
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