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Brasil não aguenta mais Bolsonaro, diz Magri, ex-ministro do Trabalho

Rogério Magri é entrevistado pelo jornalista João Franzin, da Agência Sindical. Foto: Agência Sindical

Perto de completar 80 anos, o ex-ministro Antônio Rogério Magri, do Trabalho e Previdência, se mostra indignado com o presidente Jair Bolsonaro. Magri critica: “Ele só se reúne com empresários ricos. Nunca visitou a casa de um pobre”. Semanas atrás, com José Raimundo de Oliveira, o ex-dirigente da CGT publicou o artigo “Em defesa dos idosos e contra o isolamento vertical”. Diz o texto, acerca do idoso: “Bolsonaro, Guedes e Cia. querem ver morrer, como que pra se livrar de lhes custear aposentadoria e saúde”.

A live da Agência Sindical na terça, 7, falou com Magri, ex-presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e hoje consultor sindical.

TRECHOS PRINCIPAIS:

Contaminação – “Quando crítico o presidente, faço do fundo da alma. Nunca vi Bolsonaro tratar o aposentado no patamar da dignidade. Essa é uma das razões que nos levaram a escrever o texto. O aposentado não pode ficar isolado verticalmente, pois corre risco de morte. Quando as pessoas voltam pra casa vão infectar o idoso”.

 

Plano mata-idoso – “Para Guedes e Bolsonaro, quanto mais aposentado morrer melhor. Isso ninguém me tira da cabeça. Quanto menos folha de pagamento da Previdência, melhor. Eu jamais desejarei mal a um semelhante. Mas gostaria que Bolsonaro, que pegou o coronavírus, ficasse intubado numa UTI pra ver o que é sofrimento”.

 

Vertical – “Quando se faz isolamento vertical, aqueles que saem de casa voltam e infectam o idoso. Isso é genocídio. Por isso, o aposentado não pode ficar isolado verticalmente”.

 

Brasileiro – “Falo como cidadão que sou, como dirigente que fui, na luta pelos trabalhadores a vida toda. Não falo como ex-ministro. Que carinho e respeito posso ter por Bolsonaro? Eu torço pra que os outros coloquem a cabeça dele no lugar. Ele não tem sentimento; não nasceu pra ser presidente da República”.

 

Farinha – “Guedes e Bolsonaro são farinha do mesmo saco. Bolsonaro não tem capacidade intelectual. Não tem sensibilidade, é um homem duro. Em Davos, quando Lula esteve lá, falou por 40 minutos e foi aplaudido de pé. O Obama disse: ‘esse é o cara’. Bolsonaro foi lá, falou seis minutos e sem saber o que estava falando. É esse tipo de pessoa que preside o Brasil”.

 

Resistência – “O sindicalismo tem grandes lideranças. Esse pessoal terá que criar novamente uma estrutura, fora da que existe hoje. Quando você acaba com o imposto sindical, acaba com aquele movimento”.

 

Frente – “Defendo a Frente Democrática. Se a luta for pra derrubar o Bolsonaro, tá errado. A ideia é que essa força democrática mostre à população que o Bolsonaro não fez o que deveria ter sido feito. A direita e a extrema-direita saíram do armário. Mas temos centro e centro-esquerda. É a articulação que deve ser feita. Precisa trazer esse pessoal, juntar todos e mostrar que o caminho é pelo social”.

 

Como fazer – “A sociedade deve se organizar. As pessoas que pensam como a gente têm que sair e falar. Temos que preparar a resistência pra 2022, com uma frente democrática verdadeira que possa governar o Brasil e varrer com esse pessoal”.

MAIS – Clique aqui  e assista ao vídeo.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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