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Campanha mobiliza 430 mil bancários. Redes sociais fortalecem luta salarial

Gustavo Tabatinga (ao microfone) é secretário-geral da Contraf-CUT. Foto: Agência Sindical

Bancários de todo o Brasil, com data-base em 1º de setembro, estão em Campanha Salarial. A pauta, centrada na defesa das conquistas da Convenção e por aumento real de 5%, já foi entregue à Febraban, pra início das negociações coletivas.

 

A luta bancária foi tema da live da Agência Sindical sexta (24). Falou ao jornalista João Franzin, o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, funcionário do Banco do Brasil.

 

Segundo o dirigente, a mobilização, até devido à pandemia, se apoia nas redes sociais. Os bancários já experimentam, com sucesso, o uso das redes sociais, tomando também por base pesquisa com 20 mil trabalhadores. “O meio preferido hoje é o WhatsApp”, informa Tabatinga.

 

TRECHOS PRINCIPAIS:

 

Covid – Fomos uma das primeiras categorias a fazer protocolos. Montamos um comitê de crise bipartite. O governo federal atrapalhou muito. Por isso, tivemos que nos dedicar muito mais. Fizemos acordos com vários bancos só tratando da pandemia. Acordo para os próximos dois anos, como estabilidade e outras garantias.

 

Conferência – Devido à pandemia, fizemos conferência nacional num modelo inédito e um sistema próprio para as 635 pessoas participarem ao vivo. Dia 17, houve debate de análise de conjuntura; no sábado, as resoluções do Congresso.

 

Pauta – Nossa minuta foi entregue dia 23 à Febraban. Reivindicamos aumento real de salário, manutenção de direitos da Convenção. Nas resoluções de ordem política, orientamos a categoria a buscar candidaturas no pleito municipal que dialoguem com nossos interesses.

 

Bancos – O banco privado tem o objetivo único de lucrar. Toda operação que empresta dinheiro busca lucro. No caso dos bancos públicos, ainda que sigam este modelo, há uma preocupação mais ampla, com o próprio desenvolvimento. No caso, a aplicação dos recursos visa gerar empregos e propiciar melhorias à população.

 

Crédito – Com a pandemia, pequenas empresas, atrasaram os impostos pra dar fôlego ao fluxo. Tais operações necessitavam da certidão negativa de débitos. Porém, muitas se viram fragilizadas por conta da inadimplência.

 

Redes – Fazemos a mobilização por meio das redes sociais. Conseguimos que nossas campanhas ficassem em training topping do Twitter do Brasil. Uma das maiores foi “Santander, respeite o Brasil!”.

 

Ferramentas – As redes são, de fato, o local onde a audiência está concentrada. O YouTube já é o canal mais assistido no Brasil. É um novo modo de fazer mobilização. É irreversível.

 

WhatsApp – É o meio com o qual o bancário prefere se comunicar. Ele tende a ter uma confiança maior por que a pessoa sabe quem foi que passou o conteúdo. Utilizamos também o Manifest – desenvolvido pela Central Sindical Francesa. Ele tem um mapa e quem participa se localiza, permitindo saber onde a pessoa está ou em que local ocorre a manifestação.

 

Mudanças – A ação sindical hoje se molda ao que existe. Nossa eleição sindical mostra isso. Os modelos tradicionais perdem força dia após dia. Até a normatização do home-office está em nossa minuta de discussão com os patrões.

 

Assista – Acesse aqui e confira na íntegra a live.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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