Internacional

Coronavírus reaparece na ‘protegida’ Nova Zelândia e gera alerta

'Aja como se tivesse covid-19 e como se as pessoas ao seu redor também tivessem covid-19', pediu a premiê. Foto: REUTERS

A detecção de quatro casos de transmissão local do novo coronavírus, depois de mais de 100 dias sem o vírus, levou as autoridades da Nova Zelândia a restaurar a quarentena em Auckland, cidade mais populosa do país, e a impor restrições em outras partes das ilhas.

“Depois de 102 dias, temos nossos primeiros casos de covid-19 fora das instalações sob isolamento ou quarentena”, afirmou na terça-feira (11/08) a premiê Jacinda Ardern.

“Embora tenhamos trabalhado incrivelmente duro para prevenir esse cenário, também nos planejamos e nos preparamos para ele.”

Ardern anunciou que, a partir do meio-dia de quarta (12/08), a população de Auckland – de 1,7 milhão de habitantes – passará ao nível 3 de confinamento, por um período de três dias.

Isso significa que as pessoas terão de trabalhar em casa, exceto pelos trabalhadores essenciais. Além disso, serão fechados os locais públicos, bares, restaurantes e negócios.

“Aja como se tivesse covid-19 e como se as pessoas ao seu redor também tivessem covid-19”, pediu a premiê, também proibindo aglomerações de mais de 100 pessoas no restante do país.

Os quatro casos de transmissão local são de uma mesma família, que deram positivo no teste de covid-19. A origem do contágio é desconhecida, uma vez que a família não viajou nem entrou em contato com pessoas sintomáticas, segundo as investigações preliminares.

Policiais neozelandeses
Auckland passou a ao nível 3 de confinamento, por um período de três dias, o que significa que só serão permitidos deslocamentos essenciais. Foto: GETTY IMAGES
 

‘Sabemos o que fazer’

Até agora, o último caso de transmissão local na Nova Zelândia havia sido registrado em 1° de maio, dias depois de o país ter começado a aliviar sua quarentena.

O vírus, detectado pela primeira vez no país no final de fevereiro, matou 22 neozelandeses até o momento.

O país de pouco menos de 5 milhões de habitantes havia voltado à “normalidade” em 9 de junho, depois de impor medidas rígidas de contenção da pandemia.

A adoção de um confinamento rápido e um rígido fechamento da fronteira, além de uma comunicação elogiada por sua eficiência e um amplo programa de testagem da população, foram parte de uma estratégia bem-sucedida em evitar o contágio em larga escala no país.

Ardern disse que os neozelandeses não devem desanimar muito pelos casos recentes da doença. “Sabemos o que fazer, porque o fizemos de modo bem-sucedido antes”, declarou.

Phil Goff, prefeito de Auckland, afirmou entender que “ninguém queria voltar ao confinamento, mas isso sempre foi uma possibilidade real”.

 

BBC

Jornal Imprensa Sindical

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