Amauri Mortágua, presidente da seção paulista da União Geral dos Trabalhadores, com quase 200 entidades filiadas, participou terça (11) da live da Agência Sindical. Comerciário de Tupã, ele integra a direção da Fecomerciários, a Federação da categoria.
Mortágua falou de ações em defesa da vida dos comerciários, de medidas pontuais e avaliou, negativamente, a postura do governo federal ante a Covid-19. Também criticou a inoperância junto às micro e pequenas empresas, a quem o crédito não chega.
Ao responder a Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, Mortágua falou também sobre abertura de escolas: “Se não seguir com rigor os procedimentos científicos, a reabertura vai ser um genocídio”.
PRINCIPAIS TRECHOS:
Essenciais – A pandemia afeta a todos, mas expõe muito mais os comerciários em atividade essencial, que são supermercados, farmácias e outros.
Protocolos – Trabalhadores de supermercados são bastante expostos, especialmente nas funções de mais contato com o público. A UGT participou com o governo do Estado na elaboração de protocolo. Os trabalhadores puderam contribuir.
Fiscalização – Há situações diferenciadas. Alguns lugares não têm como fazer fiscalização no Estado. No Município é mais fácil e muitos prefeitos conseguiram colocar mais fiscais em ação. Verdadeiros comandos foram mobilizados.
Testagem – Na área da saúde a testagem foi maior. Mas é difícil fazer em todo o comércio. Em Tupã, conseguimos que a Prefeitura e algumas empresas testassem comerciários que têm mais contato com os clientes. Dos 209 testes feitos, 208 deram negativo.
Governo – Houvesse uma diretriz firme, não teríamos chegado à situação de hoje. Para o isolamento social, é preciso garantir condições financeiras. Tem o Auxílio Emergencial, mas há pessoas que ainda nem receberam a primeira parcela. É necessário respaldo financeiro pra que as medidas tenham sucesso.
Escolas – Se os governos abrirem as escolas sem segurança científica pra isso, vão participar um genocídio. A criança compartilha seus pertences, até a máscara, e acaba levando o vírus pra dentro de casa.
Crédito – Em alguns países, o crédito a micro e pequenas empresas foi feito de forma direta, sem passar por banco. O Ministério da Economia poderia fazer pagamento direto. Cobramos o Congresso Nacional. Houve algumas iniciativas, mas com veto do Executivo. Os bancos privados entesouraram o dinheiro. Só Caixa e Banco do Brasil ajudam, dentro de limites.
Futuro – Precisamos garantir a renda mínima, pensando no pós-pandemia. Se não, mais empresas vão fechar, principalmente as pequenas, que são maioria no comércio e serviços.
Informalidade – O governo não empurra só o trabalhador pra informalidade. Sem crédito e sem apoio – empurra para fora da margem da lei muitos pequenos negócios e empreendedores.
Nacional – A UGT, em âmbito nacional, atua de forma articulada com as demais Centrais, buscando soluções por meio do diálogo.
Clique aqui e assista à live na íntegra.
Mais – Acesse o site da UGT-SP.
Agência Sindical
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