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Greve nos Correios deve ser a mais forte dos últimos 20 anos, afirma dirigente

Assembleia em Porto Alegre (RS). Paralisação foi aprovada em 36 regiões do País . Foto: Agência Sindical

Assembleia em Porto Alegre (RS). Paralisação foi aprovada em 36 regiões do País 

Trabalhadores dos Correios de todo o País decretaram segunda (17) paralisação nacional por tempo indeterminado. Eles lutam contra a retirada de direitos, desmonte da Convenção Coletiva e privatização da empresa.

 

Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sindicato em São Paulo e vice-presidente da Findect, afirma que a greve é considerada a mais importante dos últimos 20 anos. “De Norte a Sul, a categoria atendeu ao chamado das Federações e seus Sindicatos nessa luta importante pela manutenção dos direitos, benefícios e empregos”, explica.

 

A expectativa é que o movimento ganhe força a cada dia com a adesão dos trabalhadores em todo o País, seja da área operacional, tratamento ou administrativo. “Tendo em vista a postura agressiva da direção da empresa, que quer a retirada e redução de direitos e benefícios de toda a categoria, conquistados através de muita luta, não temos outro caminho”, afirma Diviza.

 

As duas Federações (Findect e Fendect) tentam desde julho dialogar com a direção dos Correios. Em 1º de agosto, porém, foram surpreendidas com a revogação do atual Acordo Coletivo, que estaria em vigência até 2021.

 

De forma arbitrária, a empresa retirou 70 cláusulas da Convenção, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio-creche, auxílio para filhos com necessidades especiais, entre outros.

 

Privatização – Além do corte de direitos, a ameaça de vender o sistema para a iniciativa privada estimula a paralisação. Os Correios foram incluídos na lista de estatais que o atual governo deseja privatizar. Os conflitos entre a empresa e trabalhadores cresceram desde então.

 

“A direção da ECT buscou essa greve, retirou direitos em plena pandemia e empurrou milhares de trabalhadores a uma paralisação na pior crise que o País vive. Perdemos muitos companheiros pra Covid-19, em função do descaso e negligência da empresa. Não vamos fugir da luta”, garante José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect.

 

Carreata – Na sexta, 21, trabalhadores realizam carreata e concentração às 10 horas, em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, a fim de denunciar a situação à população.

 

Assembleia – Dia 22, às 18 horas, a categoria volta a se reunir, em videoconferência, pra avaliar os rumos do movimento.

 

Live – Assista à entrevista com Elias Césario, o Diviza. Clique aqui.

 

MAIS – Acesse os sites da Sintec-SP, da Findect e da Fentect

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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