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Sindicato de Atletas vê CBF descuidada ante a pandemia nos jogos de futebol

Presidente do Sapesp, Martorelli considera que o número de infectados está subnotificado. Foto: Agência Sindical

A Confederação Brasileira de Futebol falhou na adoção de um protocolo mais eficaz na proteção dos atletas e equipes de apoio, ante a pandemia pela Covid-19. Já a Federação Paulista agiu com mais zelo.

A avaliação é de Rinaldo Martorelli, presidente dos Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp). Ele participou de live da Agência Sindical segunda, 24. O dirigente considera que, pelos critérios da CBF, o número de infectados está subnotificado.

O Sapesp ampliou os meios de orientação. O site mantém uma seção de denúncias. “Se você é atleta profissional de futebol e foi lesado em alguma de atividade, denuncie ao Sindicato. Sua denúncia será encaminhada ao órgão competente, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Segurança Pública, Delegacia Geral, Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Civil”, orienta.

PRINCIPAIS TRECHOS: 

Público – Bom é jogar com público no estádio. O mundo seguiu assim, sem público, e no Brasil não é diferente. Nem tão cedo vamos conseguir mudar.

 

Calote – Infelizmente, é comum o calote por Clubes. Trabalhamos pra que essa realidade mude. A falta de organização e a irresponsabilidade gerencial, sem comprometimento com a receita, empurraram nosso futebol a uma debilidade financeira. A pandemia expôs isso aida mais.

 

Demissões – Os Clubes estabeleceram uma regra que campeonatos estaduais, os mais afetados, fossem encerrados dentro de campo, a fim de não precisar acionar a Justiça. Isso fez com que os clubes não dispensassem. E os dispensados acabaram recontratados.

 

Responsabilidade – No mundo corporativo, o dirigente é afetado quando afronta procedimentos. No esporte, os dirigentes não são atingidos em seus bens. Quando eles passarem a ser responsabilizados civil e criminalmente, enquanto dirigentes dos Clubes, haverá mudança no panorama atual.

 

Protocolo – No campeonato estadual, participamos ativamente da construção do protocolo, muito bem elaborado. Ainda assim, fizemos um trabalho com os atletas e os Clubes pra seguir as normas de segurança. Mesmo com esses cuidados, casos de contaminação apareceram.
Nacional – A CBF não conciliou a volta entre os campeonatos nacionais e estaduais. Parece que só há interesse nas séries A e B. A entidade delegou para as Federações, que fizeram como bem entenderam. Por tudo isso, as contaminações apareceram em número elevado.

 

CBF – Encaminhamos ofício à CBF pedindo mudança, que foi feita timidamente. Antes ela fazia testagem apenas pra atletas dos jogos. Depois ampliou a todo o elenco. Quando ameaçamos buscar a Justiça pelo risco de morte, os casos misteriosamente começaram a desaparecer. A CBF deve ter descoberto a cura ou pediu aos clubes deixar de informar casos de Covid-19.

 

Prudência – Vivemos uma era de incertezas. Estamos aprendendo a lidar com isso. A crítica à CBF fica pelo não-reconhecimento de que o primeiro protocolo não deu certo. Na Inglaterra o governo retrocedeu ao perceber aumento os casos. No Brasil o número não diminui. Mas me parece que a gente vai voltar aos poucos, com os cuidados necessários. Vamos ter que fazer as pessoas terem o mínimo de cuidado consigo próprias.

 

LIVE – Clique aqui e assista na íntegra.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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