Aumentou muito a quantidade de benefícios previdenciários rurais negados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De janeiro a junho, a diferença entre pedidos concedidos e os negados ficou em 5% contra 20% de anos anteriores.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag) está atenta ao problema. Para tanto, lançou campanha nacional, com apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e da Central Única dos Trabalhadores.
Na avaliação da Contag, o órgão previdenciário deixou acumular milhões de pedidos. Ante as denúncias, com forte repercussão na mídia, acelerou a análise dos casos. Mas elevou o número de indeferimentos.
Presidente da Confederação, Aristides Santos afirma que perdeu a conta das reuniões que teve com o INSS. “No caso do auxílio-doença, tem até uma portaria que assegura a antecipação do pagamento do benefício. Mas poucos segurados tiveram acesso a esse direito”, informa. E critica: “Não dá pra admitir em plena pandemia o indeferimento de direitos previdenciários”.
Audiência – Quinta (3), os sindicalistas realizaram audiência pública com a participação de parlamentares e de representantes do governo. Eles reconheceram erros nos procedimentos e se comprometeram a dar respostas sobre os processos negados e que são enviados para reanálise, através do canal interno criado entre o órgão e a Confederação. Eles também deverão criar um grupo de trabalho com participação da Contag pra solucionar os problemas relatados na audiência.
Os agricultores já têm uma vida dura, com trabalho debaixo de sol e chuva. A pandemia agravou a situação. “A maioria não recebeu o Auxílio Emergencial e ainda tem seus benefícios previdenciários negados pelo INSS, principalmente o auxílio-doença”, lamenta Edjane Rodrigues, secretária de Políticas Sociais da Contag.
Live – Quarta, 9, a live da Agência Sindical recebe Aristides pra falar da campanha e da situação dos camponeses na pandemia. Não perca!
Transmissão – Pelo Facebook e site da Agência.
Agência Sindical
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