Paulistanos não querem a retomada das aulas. É o que mostra pesquisa publicada domingo (27), na Folha de S.Paulo. Os dados revelam que 75% dos eleitores são contra volta às aulas. Outros 24% afirmam que escolas deveriam ser reabertas, e 1% não opinou.
Os entrevistados contam não se sentir seguros. A pesquisa foi realizada dias 21 e 22 de setembro. Foram entrevistados 1.092 eleitores.
Para Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de SP, retomar as aulas, neste momento, é perigoso. Em artigo, publicado na seção “Tendências/Debates” da Folha, sábado, 26, o professor explica a sensação de insegurança de profissionais da área, alunos e familiares.
“Até agora, não há sequer um epidemiologista respeitável que garanta com confiável margem de certeza que o convívio de crianças, jovens e adultos, no ambiente escolar, não causará uma nova onda de contaminações”, ele afirma.
O prefeito Bruno Covas tem sofrido pressões pela reabertura na Capital. Donos de escolas pedem que o retorno ocorra ainda neste ano. O prefeito adiou para novembro a decisão. Covas anunciou sexta, 25, que pretende realizar um censo sorológico em todos os professores e alunos da rede municipal de educação acima de quatro anos, antes do retorno às aulas presenciais. A primeira etapa do censo deve ser iniciada dia 1˚ de outubro.
Interesses – Celso Napolitano denuncia interesses pró-retomada. “Todos os argumentos a favor da volta apressada às aulas presenciais obedecem a interesses políticos e financeiros”, afirma.
Em defesa do planejamento pra eventual retorno, o líder da Fepesp cita Florence Bauer, da Unicef: “Todos, professores, alunos, funcionários, devem se sentir seguros e saber seu papel para evitar o contágio dentro da escola”.
Leia – Clique aqui e acesse artigo do professor Celso Napolitano.
Mais – Acesse o site da Fepesp.
Agência Sindical
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