Aquele médico esbelto, altivo e bem remunerado das séries de TV é espécie em acelerada extinção. A classe médica, hoje, sofre a proletarização geral. Trabalha muito, ganha mal, leva calote e não tem proteção trabalhista.
Esse quadro foi descrito, com exemplos e detalhes, pelo doutor Victor Dourado, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Ele falou na live da Agência Sindical terça (27), quando também citou assembleias, reuniões, mobilizações, ações junto ao Ministério Públicodo Trabalho e outras iniciativas em defesa dos profissionais.
“Mesmo com a pandemia, o Estado brasileiro não apurou quantos médicos morreram ou foram infectados”, diz o dr. Victor, o que, a seu ver, explicita a política oficial de abandono da saúde pública.
Pandemia – A situação atual é sem precedentes. “Já vivíamos uma realidade de trabalho precário, que foi agravada com a pandemia. É algo que já vínhamos denunciando há muito tempo. Com o congelamento de gastos na Saúde, as condições no setor se agravaram. A pandemia mostrou por que é fundamental investir no SUS”, afirma.
Óbitos – O jovem médico revela que o Brasil ocupa o primeiro lugar em óbitos na Saúde por Covid-19. “Já se sabe de 455 profissionais de enfermagem mortos. Quando fizemos um levantamento pra homenagear os médicos que perderam a vida, percebemos que só o Simesp fez isso”, conta. Segundo o Sindicato, até agora 275 médicos morreram. “Mas é um número subnotificado porque não há levantamento pelo governo”, completa Victor Dourado.
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Agência Sindical
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