Nutricionista Cris Perroni explica por que as duas estratégias alimentares são apenas temporárias, não sendo sustentáveis a longo prazo
Existe um cardápio de dietas que podem contribuir para redução do peso: dietas tradicionais (50 a 65% de carboidratos), low carb (até 40% de carboidratos), cetogênica, mediterrânea, vegetarianas, plant based e ainda estratégias como o jejum intermitente. Mas para a manutenção de um peso saudável e ter saúde é preciso algo sustentável. Afinal, o estilo de vida saudável está relacionado com como nós vivemos física, mental, social e espiritualmente. Ele exige atenção à alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, bons hábitos sociais (não fumar e moderar o consumo de álcool), horas adequadas de sono e boas relações pessoais.
Dieta cetogênica e jejum intermitente são estratégias que podem ser usadas temporariamente. A longo prazo, não fazem parte de um estilo de vida saudável, pois são restritivas, não levam em conta o estilo de vida, não se preocupam com a relação das pessoas com a comida.
Para ter uma alimentação equilibrada é importante variedade alimentar, inclusão de grupos, cardápio colorido e trabalhar a relação das pessoas com a comida. A base é a ingestão de frutas, verduras e legumes. Preferência por cereais integrais, evitar ultraprocessados,
Tão importante quanto O QUE comemos é COMO, COM QUEM, ONDE e POR QUÊ comemos. Comida conta nossa história, mantém relações, agrega, gera prazer, previne e trata doenças.
Entenda por que não são sustentáveis
- Dieta cetogênica é um tipo de dieta low carb mais severa, com ingestão máxima de 50 g de carboidratos por dia. Composta por cerca de 60 a 80% de gorduras, podendo ser normo ou hiperproteica. Muito utilizada no processo de emagrecimento como uma estratégia temporária em determinada fase da periodização da dieta. Apresenta grande monotonia alimentar e desequilíbrio nutricional pela restrição de alguns grupos alimentares como frutas, legumes (hortaliças B), cereais e leguminosas.
- Jejum intermitente é um tipo de jejum programado. Existem vários protocolos alternando períodos de jejum com períodos de alimentação.
Exemplo: 16 horas sem se alimentar e 8 horas liberados para alimentação.
Nesta estratégia poderia ser adotada diversos tipos de “configurações” de dietas: low carb, cetogênica, tradicional.
Ambas as estratégias são difíceis de ser mantidas a longo prazo, não se preocupam com educação nutricional e em melhorar a relação das pessoas com a comida, possuem risco compensatório e de compulsão alimentar e são nutricionalmente desequilibradas
Pensando em longevidade, qualidade de vida, manutenção de um peso saudável, boa composição corporal, prazer e saúde, é fundamental ter um programa alimentar que leve em conta sua individualidade, história clínica, estilo de vida e hábitos alimentares.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Ge / EuAtleta.com.
Por G1
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