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Troca de comando da Petrobras não deve mudar política, avalia SindiPetro

Foto: Agência Sindical

A demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por Jair Bolsonaro, sexta (19), não abre esperanças de mudança na política de privatização da companhia. Essa é a avaliação de Adaedson Costa, coordenador-geral do SindiPetro-Litoral Paulista e secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros. Ele falou à Agência Sindical.

O dirigente afirma ter sido surpreendido com a demissão, uma vez que Castello estava cumprindo o papel para o qual foi nomeado. “A tarefa dele era otimizar os ganhos dos acionistas em prejuízo do papel social da Petrobras, adotar a paridade de preço com o mercado internacional e privatizar a empresa”, comenta.

Adaedson mostra ceticismo com o nome do general Joaquim Silva e Luna, indicado pra substituir Castello Branco. Ele afirma: “O que talvez possa acontecer – é o que esperamos – é que se abra diálogo. Castello Branco nunca dialogou. Se encastelava em sua mansão na Região Serrana do Rio e não conversava. Aliás, odeia os representantes dos petroleiros”.

Os trabalhadores se mantêm atentos a eventuais desdobramentos. Para o dirigente, o modelo de privatização e paridade de preços deve se manter com Silva e Luna, por ser política de governo. “Espanta Castello Branco não ser demitido por ter vendido uma refinaria, na Bahia, por um quarto do preço de mercado. Foi demitido por outras questões, como divulgação do aumento do preço dos combustíveis”, alerta.

Adaedson Costa lembra que o nome do general precisa de aprovação do Conselho de Administração da Petrobras. Setores da empresa, observa o dirigente, têm certa resistência à mudança. Por isso, é preciso observar atentamente os próximos passos na Petrobras.

FUP – Já na sexta, a Federação Única dos Petroleiros publicou Nota relativa à troca de comando. Diz: “A FUP e seus Sindicatos esperam que a Petrobras retome seu protagonismo, sobretudo ante a incompetência do governo federal de adotar medidas justas e socialmente responsáveis para a retomada econômica do País em um momento tão grave quanto o da pandemia de Covid-19”.

Clique aqui e leia na íntegra.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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