O senador Giordano (PSL-SP) adiou seu relatório no Projeto que cria auxílio a bares, restaurantes e lanchonetes afetados pela pandemia. O adiamento atende o Ministério da Economia, que pede mais tempo pra calcular o impacto financeiro da proposta.
O Projeto, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fixa auxílio de R$ 2 mil/mês, por um trimestre, e suspende tributos federais com posterior renegociação de dívida.
“Os negócios, que já estavam colapsados, entram em estado terminal. Ninguém aguenta mais”, diz o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Paulo Solmucci.
Pesquisa da entidade revela que, sem auxílio, 78% dos empresários disseram não ter como pagar salários. “Estamos falando de milhões de empregos e negócios dizimados por falta de acordo no governo”, afirma Solmucci.
Desemprego – Pelo menos 27 hotéis já fecharam na pandemia. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Bares, Hotéis e Restaurantes de São Paulo (Sinthoresp), cerca de 145 mil empregados (40% da categoria) no setor foram demitidos.
O Sinthoresp dialoga com as autoridades pela retomada segura e outras medidas pra que os trabalhadores não fiquem abandonados. “Nosso apelo é, sobretudo, por socorro de cunho social. A situação dos empregados é dramática”, afirma Rubens da Silva, secretário-geral.
As negociações coletivas ajudaram. “Elas permitiram, de maneira emergencial, a suspensão dos contratos de trabalho, mediante pagamento de auxílio, com redução de jornada e salário. Não fosse isso, os impactos no setor seriam ainda mais devastadores”, explica Rubens.
O dirigente do Sinthoresp reitera: “Se medidas urgentes não forem tomadas, corremos risco de que o vírus não seja o único a ceifar vidas. Mas encontre como parceiros a fome e o desalento, consequências da falta de incentivo ao emprego e renda”.
Mais – Acesse o site do Sinthoresp e da Abrasel.
Por Agência Sindical
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