O DataFolha revela o esperado: nove a cada 10 brasileiros consideram baixo o valor do Auxílio Emergencial fixado por Bolsonaro. O Auxílio, de R$ 150,00 a R$ 375,00, abrange 45,6 milhões de pessoas. Gasto será de R$ 44 bilhões, 15% do desembolsado em 2020.
A suspensão do benefício no primeiro trimestre devastou os mais pobres. Houve súbito aumento da taxa de pobreza. Segundo a FGV, o Brasil tem 16% da população vivendo com menos de R$ 246,00 ao mês. Em 2019, eles somavam 24 milhões – ou 11% do total.
Para o Economista e dirigente do Sindicato da categoria em SP, André Paiva Ramos, a situação preocupa. Ele alerta que a redução no valor, além de agravar a pobreza, impacta a cadeia produtiva. “Alta no desemprego e custo de vida, Auxílio aquém das necessidades de qualquer indivíduo pioram a situação pessoal e geral. Se a pessoa mal tem dinheiro pra se alimentar, não vai consumir. Isso afeta a demanda e a produção e atinge o emprego”.
André Ramos lembra ainda que parte do Auxílio volta como imposto ao governo e beneficia toda a sociedade. “Um valor maior alimentaria o consumo em amplos setores, evitaria o aumento do desemprego e geraria arrecadação para os cofres públicos”, ressalta.
Comércio – Segundo Walter dos Santos, presidente do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos, o Emergencial de R$ 600,00 em 2020 foi benéfico, pois aqueceu a economia e auxiliou os mais pobres. O novo valor pouco ajuda. “Com dinheiro na mão, desde que não seja a miséria de R$ 150,00, as pessoas movimentam os negócios”, comenta.
Centrais – Sindicalistas tentam no Congresso levar a voto a MP 1.039/2021, que retoma o valor de R$ 600,00 do Auxílio Emergencial.
Mais – Nos sites do Sindicato dos Economistas SP e dos Sincomerciários de Guarulhos.
Por Agência Sindical
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