O número de ocupados nas atividades de atenção à saúde cresceu 3,3% na pandemia. Porém, o rendimento de médicos e enfermeiros caiu. É o que revela o Boletim Emprego em Pauta, do Dieese, de junho.
Foram contratados mais médicos, cerca de 18,7%, do que enfermeiros em geral (5,8%). A ocupação de profissionais de enfermagem, que exige ensino Superior, cresceu mais (18,5%) do que a de profissionais de nível Médio (1,0%).
No entanto, em plena pandemia, o rendimento dos profissionais decaiu. Entre o 4º trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, para trabalhadores com Superior completo, a queda foi de 9,1%; para os profissionais de enfermagem, perda de 11,8%; médicos, menos 12,3%.
Victor Dourado, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de SP, explica que houve remanejamento de profissionais. “Muitos deixaram de atuar em seus consultórios pra atender em plantões. Por isso, o número de plantonistas aumentou e impactou no poder aquisitivo”, afirma.
Outro fator para a redução nos rendimentos está ligado à maior oferta no mercado de trabalho. “As empresas aproveitaram pra reduzir salários. Em muitos casos demitiam celetistas pra contratar PJs em seus lugares, pagando menos. Recebemos muitas denúncias”, conta o presidente do Sindicato.
Segundo Victor, a pandemia apenas intensificou a precarização das contratações e das condições de trabalho. “O Sindicato tem atuado pra garantir os direitos desses trabalhadores e encaminhado denúncias ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério da Saúde”, oberva o sindicalista.
Denuncie – O Simesp mantém Canal de denúncias. Clique aqui e acesse
Dieese – Clique aqui e leia o Boletim Emprego em Pauta.
Por Agência Sindical
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