Com a chegada do inverno, que começou oficialmente a zero hora e trinta e dois minutos desta segunda-feira (21), os especialistas alertam para a possibilidade de um agravamento da pandemia da Covid-19, que contabiliza mais de meio milhão de mortos no país.
O estado do Rio, terceiro no ranking com maior número de óbitos, já contabiliza mais de 54 mil mortes (54.142) provocadas pela doença e mais de 930 mil casos confirmados da covid-19 (931.885).
O último boletim epidemiológico, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz, aponta para um pequeno crescimento das taxas de incidência da doença (casos novos) e de mortalidade, mantendo a transmissão da Covid-19 em um platô elevado. Entre os dias 30 de maio e 12 de junho, o país apresentou uma média diária de 67 mil casos e de 2 mil mortes.
As regiões Sul e Centro-Oeste preocupam devido ao aumento na taxa de mortalidade, que pode se agravar nas próximas semanas, com a maior incidência de outras doenças respiratórias que se manifestam na estação mais fria do ano.
Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão entre os sete primeiros do país com maior número de casos da Covid-19.
O quadro geral da taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é considerado crítico em 18 estados e no Distrito Federal, com pelo menos 80% de ocupação.
Em nove capitais a taxa de ocupação é superior a 90%, entre elas Curitiba, Brasília e Palmas. (Palmas (98%), São Luís (94%), Fortaleza (91%), Maceió (90%), Aracaju (97%), Curitiba (102%), Campo Grande (90%), Goiânia (90%) e Brasília (92%)).
A análise da Fiocruz mostra também que a tendência do rejuvenescimento da pandemia deve se manter. No país, a idade média dos casos de internação é de 52,2 anos. Na capital fluminense, 45% dos pacientes que estão internados na rede pública correspondem a adultos na faixa etária entre 40 e 59 anos, de acordo com a Prefeitura do Rio.
Os especialistas também ressaltam um aumento em torno de 3% na taxa de letalidade. Os maiores índices foram observados no Rio de Janeiro (5,1%), Maranhão (3,7%) e São Paulo (3,7%).
Como o ritmo de vacinação no país, ainda está lento, com apenas 15% de pessoas vacinadas com as duas doses, os especialistas ressaltam a necessidade do uso de máscaras, distanciamento físico e social e manter a higienização das mãos. Além de medidas de maior restrição da circulação de pessoas, como bloqueio ou lockdown, sempre que necessário.
Por Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro
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