De acordo com pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina comum já ultrapassou os R$ 7,00 por litro no Rio Grande do Sul. No Acre, o combustível chegou a R$ 6,99.
Segundo a ANP, a alta no período de 8 a 14 de agosto foi de 0,22%. No mês, a alta acumulada é de 0,60%. Ainda de acordo com a Agência, o preço médio da gasolina é de R$ 5,866 no País.
Especialistas afirmam que o preço do dólar tem grande influência nesse aumento nos combustíveis, mas também que, quando o câmbio sofre desvalorização (quando o Real fica mais barato), os derivados de petróleo sobem, pois o preço do barril aumenta.
Na composição do preço da gasolina, a Petrobras fica só com 32,9%. Graças ao projeto neoliberal de privatizações do governo Bolsonaro e Guedes, a companhia, que detinha 98% do mercado de refino até 2019, se comprometeu com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender metade das refinarias.
Economistas alertam ainda que novos aumentos podem acontecer, já que a diferença entre o valor que a Petrobras paga pelo barril do petróleo e o que cobra no País é de 13%.
Em entrevista ao portal G1, Frederike Monika Mette, economista da PUC-RS, afirma que o aumento constante no valor dos combustíveis afeta também o poder de compra. Para ela, o aumento da inflação, o salário real diminuindo e a perspectiva de aumento na taxa de juros incidirão sobre os mais pobres. “Aquelas pessoas endividadas, que vão precisar de recursos, tudo vai ficando mais caro”, explica.
Por Agência Sindical
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