Brasil

Relatório final da CPI da Covid expõe na capa luto por vítimas na pandemia

Capa do relatório final da CPI da Pandemia Foto: Reprodução

BRASÍLIA – Com mais de 600 mil mortes pela pandemia do coronavírus no Brasil, o luto está estampado na capa do relatório final da CPI da Covid apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) nesta quarta-feira. A folha de apresentação do texto com o logo do Senado Federal tem um fundo preto, destoando de outros documentos legislativos.

Capa do relatório final da CPI da Pandemia Foto: Reprodução
Capa do relatório final da CPI da Pandemia Foto: Reprodução

É um de diversos simbolismos da CPI em referência às vítimas da doença. No começo da comissão, a assessoria de Calheiros inseriu uma placa com o número de vítimas por Covid no Brasil no lugar de seu nome, em protesto. O gesto foi bem recepcionado nas redes sociais e foi incorporado às sessões da comissão, com o número sendo atualizado diariamente para incluir novas mortes na pandemia.

 

A capa do relatório não é a primeira a fazer uma referência aos trabalhos de uma CPI. Na CPI dos Correios, havia uma citação a Jesus Cristo na Bíblia: “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não venha a ser revelado, e nada há de escondido que não venha a ser conhecido”, registrava o documento. O da CPI de Brumadinho traz uma pintura do artista Ricardo Ferrari sobre o desastre.

Também para homenagear o luto, a CPI da Covid optou por encerrar os trabalhos nesta semana ouvindo familiares de vítimas na segunda-feira. Eles criticaram a postura do presidente Jair Bolsonaro as políticas adotadas pelo governo e relataram negligências em hospitais em que seus parentes foram atendidos.

Ainda por iniciativa da CPI, o Senado aprovou um projeto de resolução que cria um memorial na Casa para as vítimas da pandemia no Brasil, de autoria de Renan Calheiros. A ideia é colocar 27 placas de mármore no espelho d’água do Congresso, com o intuito de representar todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. A instalação depende de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.

Por  Natália Portinari, Julia Lindner e Paulo Cappelli – g1

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade