Ciência

Governo Bolsonaro cortou 93% da verba para pesquisa em mudanças climáticas

Na gestão Bolsonaro, os investimentos foram reduzidos de R$ 31,1 milhões para apenas R$ 2,1 milhões - Arquivo Agência Brasil

Entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, os recursos para a área foram de R$ 31,1 milhões. Na gestão Bolsonaro, os investimentos foram reduzidos para apenas R$ 2,1 milhões, segundo reportagem da BBC

O governo Bolsonaro reduziu em 93% os investimentos em estudos e elaboração de projetos de mitigação e adaptação para mudanças climáticas em seus três primeiros anos de gestão. Os dados foram divulgados pela BBC News Brasil em reportagem de Leandro Prazeres, publicada nesta quarta-feira (3).

De acordo com os números do Sistema Integrado de Orçamento do Governo Federal (Siop), entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, os recursos voltados para esta área foram de R$ 31,1 milhões. Na gestão Bolsonaro, os investimentos foram reduzidos para apenas R$ 2,1 milhões.

Os dados evidenciam ainda mais a ausência de políticas efetivas na área ambiental por parte do governo. Na segunda-feira (1º), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou na COP26 que o país elevaria para 50% meta de redução de gases de efeito estufa até 2030. Compromisso que foi visto com ceticismo por participantes da Conferência.

“Você pode falar que pode assumir meta de redução, colocar qualquer número achando que o mundo todo vai acreditar. Na medida em que assume uma meta diferente do que o Brasil vinha assumindo – e é importante que o faça – precisa dizer como vai chegar a isso”, apontou o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), integrante da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em entrevista ao Jornal Brasil Atual desta terça-feira (2).

Mudanças climáticas: acordo para conter o desmatamento

Ontem (2), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson anunciou um acordo assinado por pelo menos 110 países, que representam 85% das florestas do planeta, comprometendo-se a deter e reverter o desmatamento até 2030. “Proteger nossa floresta não é apenas um curso de ação para combater as mudanças climáticas, mas também para um futuro mais próspero”, disse o britânico.

Johnson destacou ainda que China, Rússia e Brasil haviam aderido à promessa, que ele acreditava ser também uma oportunidade “paralela” para a criação de empregos. “Assinar a Declaração é a parte fácil. É essencial que seja implementado agora para as pessoas e para o planeta”, insistiu o chefe da ONU, António Guterres, em sua conta oficial no Twitter.

Outro compromisso firmado nesta terça-feira se relaciona ao corte em 30% de emissões de metano até 2030. Sozinho, o gás responde por 17% das emissões de efeito estufa.

Fonte: Rede Brasil Atual – RBA

Jornal Imprensa Sindical

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