Política

Bolsonaro pediu que Enem trocasse Golpe de 1964 por revolução em questões, dizem servidores

O presidente Jair Bolsonaro, cujo governo é acusado de interferir no ENEM, prova que é porta de entrada para a universidade - AFP/Arquivos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu para o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que chamasse de “revolução” o Golpe Militar de 1964 na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que começa a ser aplicada em todo o país no sábado (21). As informações são da Folha.

De acordo com a reportagem, o pedido foi feito no primeiro semestre, segundo relatos de integrantes do governo. O ministro chegou a comentar com equipes do MEC (Ministério da Educação) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), mas o pedido não foi levado adiante, pois as questões passam por um longo processo de elaboração.

Nesta semana, Bolsonaro afirmou que o Enem “começa a ter a cara do governo”. A declaração foi dada logo após um pedido de demissão em massa de diversos servidores do Inep, que alegam pressão psicológica e vigilância na formulação da prova.

Bolsonaro é crítico do Enem, por considerar que a prova traz uma suposta abordagem de esquerda, e elogioso da ditadura militar e de torturadores do período.

Ainda de acordo com a Folha, de acordo com servidores ouvidos pela reportagem, nem o presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, nem o ministro da Educação teriam tido acesso à prova durante sua elaboração ou à sua versão final. Os dois também não teriam determinado a exclusão de itens específicos.

Por Isto é

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