No mês de março, Mês da Mulher, as trabalhadoras em postos de combustíveis criticam o assédio de que são vítimas. Elas já compõem 35% da categoria no Estado de São Paulo.
A Agência Sindical entrevistou Telma Cardia. Ela preside o Sindicato dos Frentistas de Guarulhos e Região. Telma também integra a direção da UGT e das duas Federações, a Fepospetro-SP e a Fenepospetro.
Principais trechos:
Assédio – “Muito frequente a trabalhadora ser assediada, principalmente pelo cliente. Chamam de gostosa, pegam na mão, deixam cartão. Também tem assédio pelo próprio dono do posto”.
Roupa – “Postos impõem essas calças legging, que são apertadas, marcam o corpo da mulher, provocam problemas de saúde. Além de o material ser sintético e inflamável. E prejudicam ainda mais no calor, porque esquentam demais”.
Banheiro – “Existe muita pressão quanto a uso de banheiro. Ocorre que, principalmente quando menstruada, a mulher precisa usar mais, até pela questão da sua higiene”.
Descanso – “A frentista corre sete horas e 20 minutos durante o expediente e tem direito a 40 minutos de descanso. Todo posto precisa ter um banco próprio pra isso. Mas nem todos têm e ainda pegam no pé da pessoa por estar cumprindo seu descanso necessário”.
Denúncia – “A trabalhadora deve denunciar, sempre. Mas às vezes a pessoa se intimida, fica com receio de expor o posto onde trabalha. O dono também não colabora, porque evita se indispor com o cliente”.
Prova – “Pra abrir processo, é preciso prova robusta. Mas formar prova não é fácil. O Sindicato orienta que as frentistas marquem nomes, horários, placas, locais, porque tudo isso pode ajudar em eventual ação judicial futura”.
MAIS – Acesse os sites da Fepospetro e Fenepospetro. Pra falar com o Sindicato de Guarulhos e Região, ligue (11) 2440.0263.
Por Agência Sindical
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