Sindical

Assédio inferniza as frentistas no local de trabalho

Reportagem do SBT confirma abusos sofridos pelas trabalhadoras. Caso ocorreu em SP, 2019

No mês de março, Mês da Mulher, as trabalhadoras em postos de combustíveis criticam o assédio de que são vítimas. Elas já compõem 35% da categoria no Estado de São Paulo.

Agência Sindical entrevistou Telma Cardia. Ela preside o Sindicato dos Frentistas de Guarulhos e Região. Telma também integra a direção da UGT e das duas Federações, a Fepospetro-SP e a Fenepospetro.

Principais trechos:

Assédio – “Muito frequente a trabalhadora ser assediada, principalmente pelo cliente. Chamam de gostosa, pegam na mão, deixam cartão. Também tem assédio pelo próprio dono do posto”.

Roupa – “Postos impõem essas calças legging, que são apertadas, marcam o corpo da mulher, provocam problemas de saúde. Além de o material ser sintético e inflamável. E prejudicam ainda mais no calor, porque esquentam demais”.

Banheiro – “Existe muita pressão quanto a uso de banheiro. Ocorre que, principalmente quando menstruada, a mulher precisa usar mais, até pela questão da sua higiene”.

Descanso – “A frentista corre sete horas e 20 minutos durante o expediente e tem direito a 40 minutos de descanso. Todo posto precisa ter um banco próprio pra isso. Mas nem todos têm e ainda pegam no pé da pessoa por estar cumprindo seu descanso necessário”.

Denúncia – “A trabalhadora deve denunciar, sempre. Mas às vezes a pessoa se intimida, fica com receio de expor o posto onde trabalha. O dono também não colabora, porque evita se indispor com o cliente”.

Prova – “Pra abrir processo, é preciso prova robusta. Mas formar prova não é fácil. O Sindicato orienta que as frentistas marquem nomes, horários, placas, locais, porque tudo isso pode ajudar em eventual ação judicial futura”.

MAIS – Acesse os sites da Fepospetro e Fenepospetro. Pra falar com o Sindicato de Guarulhos e Região, ligue (11) 2440.0263.

Por Agência Sindical

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