Fevereiro foi muito ruim para as negociações salariais. Boletim do Dieese indica que 60,5% dos acordos ficaram abaixo da inflação. Índice pior que o de fevereiro de 2021, com 56,3%. No geral, a situação piorou. Mesmo assim, houve uma pequena elevação nos ganhos acima da inflação neste ano, mas queda no item paridade com o INPC.
Janeiro e fevereiro são períodos de baixa atividade sindical, até porque as negociações de maior porte começam em março. O pico do primeiro semestre costuma ser maio. O Dieese analisou 119 reajustes no segundo mês do ano.
Em fevereiro deste ano, 15,1% de reajustes recompuseram o INPC e 24,4% ficaram acima do índice inflacionário. “A inflação tem, de fato, dificultado a recomposição salarial dos trabalhadores e, consequentemente, contribuído para a queda do poder de compra da população”, explica o economista do Dieese, Rodolfo Viana.
Perspectivas – Rodolfo avalia: “Será um desafio conseguir acordos em que, pelo menos, o reajuste contemple a inflação passada. Para os próximos meses a tendência é manutenção da inflação em patamar elevado, por conta da inflação de custos”. Para o economista do Dieese, o Banco Central age de forma errada, combatendo a alta da gasolina, câmbio desvalorizado e energia cara com aumento dos juros. Ele completa: “Isso só vai deixar o custo do crédito mais caro, diminuir investimentos e gerar menos postos de trabalho”.
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Por Agência Sindical
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