Os números traduzem a dimensão da vitória da greve na Renault (São José dos Pinhais – PR). O economista Cid Cordeiro Silva, assessor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, afirma: “A soma dos ganhos acrescenta 3.2 salários pra cada trabalhador”.
Basicamente, o acordo entre Sindicato e montadora engloba Participação nos Lucros e/ou Resultados, reajuste na data-base e vale-mercado. Itens aprovados em assembleia dia 23:
PLR – Será de, no mínimo, R$ 22.500,00 em 2022; e R$ 23.000,00 em 2023, acrescidos de correção pelo INPC.
PARCELAS – Antecipação de R$ 13.750,00 em 2022, e R$ 14.000,00 em 2023.
SALÁRIOS – Reajuste de 13,67% em setembro ou INPC mais 1,5% – o que for mais favorável ao trabalhador; e em setembro de 2023, INPC mais 1,5% de ganho real.
VALE-MERCADO – De R$ 1.000,00 a partir de junho; em setembro de 2023 será ajustado pelo índice obtido na data-base.
A Renault emprega cerca de cinco mil trabalhadores que produzem os modelos Duster, Captur, Kwid, Sandero, Logan, Oroch e Master. A unidade do Paraná conta com fábrica de motores.
Segundo o economista Cid Cordeiro, “por força da greve, união dos trabalhadores e direção firme do Sindicato, a PLR passou de R$ 12,5 mil pra R$ 22,5 mil – ou seja, ganho de R$ 10 mil”. Ele também destaca o avanço no vale-mercado. “Era de R$ 730,00, já reajustado. Pelo acordo, foi fixado em R$ 1 mil”. Essa diferença, ele diz, representa 0,7% do salário médio na fábrica.
MAIS – A empresa não pode utilizar terceiros na atividade-fim. Há outros itens do acordo que podem ser acessados no site do Sindicato Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.
Por Agência Sindical
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