Apesar da forte crise, agravada pela pandemia, trabalhadores do setor farmacêutico fecharam acordo e encerraram a Campanha Salarial com avanços.
A Convenção Coletiva foi assinada dia 12 pelas Federações Fequimfar – Força Sindical – e Fetquim – CUT e representantes do patronato. A renovação vale por dois anos e garante reajuste salarial de 6,94%. Todos os direitos são mantidos.
Além do reajuste de 100% do INPC, trabalhador que ganha até R$ 4.291,98 terá desconto de apenas R$ 1,00 no auxílio-alimentação. A garantia do abono de horas pra se vacinar contra a Covid-19 é outro avanço, avaliam os sindicalistas.
Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da Fequimfar e 1º secretário da Força, considera positivo o resultado. “Mesmo com a pandemia, conquistamos avanços e conseguimos manter, por dois anos, importantes direitos da categoria”, afirma.
O acordo pode balizar campanhas da categoria em outras regiões e mesmo em outros setores. “Pesa a diferença de um setor pra outro, mas inaugura o mês de abril de forma positiva. Vamos levar esse exemplo pra outras negociações que teremos mais à frente”, diz Serginho. Fequimfar e filiados representam 18 mil trabalhadores nas indústrias do setor.
Dieese – Luís Ribeiro, técnico responsável pelo Sistema de Acompanhamento de Informações Sindicais, alerta que o cenário de pandemia e recessão dificulta as negociações salariais. Dados de fevereiro e março indicam que mais de 60% dos reajustes ficaram abaixo do INPC. “Mas os últimos acordos analisados pelo Dieese mostram que grandes categorias conseguiram negociar, garantir direitos e recompor perdas”, avalia.
Por Agência Sindical
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