Um coronel ativo do Exército da Venezuela desconheceu o presidente Nicolás Maduro e se pôs a serviço do opositor Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino – segundo um vídeo divulgado nas redes sociais no sábado (9).
O oficial Rubén Alberto Paz Jiménez, um “médico”, pediu a seus companheiros de armas que permitam a entrada da ajuda humanitária que começou a chegar à cidade fronteiriça de Cúcuta, na Colômbia, a pedido de Guaidó, e que Maduro afirmou que bloqueará.
Vestido com uma jaqueta militar, Paz Jiménez disse “desconhecer Maduro como presidente e reconhecer” Guaidó “como presidente interino e comandante em chefe das Forças Armadas Nacionais”.
Segundo ele, referindo-se a Maduro e à cúpula do governo, “90% das Forças Armadas estão insatisfeitas, estamos sendo usados para mantê-los no poder”.
Militares venezuelanos bloquearam o acesso à ponte internacional Las Tienditas, perto do centro de coleta da ajuda internacional.
Paz Jiménez pediu aos colegas de farda que reajam, diante da aguda crise de escassez de remédios e alimentos.
“Como médico, reconheço a problemática sanitária que o país vive. Peço a todos os integrantes das Forças Armadas (que) permitam a entrada de ajuda humanitária”, insistiu.
A ONG Controle Cidadão calcula que cerca de 180 militares foram detidos em 2018, acusados de conspirar, e pelo menos 10.000 membros da Força Armada pediram baixa desde 2015.
AFP
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