Lula, deputado-constituinte pelo PT, tirou nota 10. Geraldo Alckmin, pelo PSDB-SP, recebeu nota 7,0. Michel Temer (PMDB-SP), 2,25. Roberto Freire (PCB-PE), média final 10. A pontuação está no livro “Quem foi quem na Constituinte”, publicado pela Oboré e a Cortez Editora, quase que simultaneamente à promulgação da Carta, em 5 de outubro de 1988, por Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
O “Quem foi Quem” – quase 700 páginas – é encontrado em sebos ou via busca na internet. O questionário elaborado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) cobria os dois turnos da Constituinte e trazia notas de pé de página sobre assuntos de peso. Por exemplo: Alceni Guerra, ministro da Saúde de Collor, que ficou conhecido por suposta compra irregular de bicicletas, foi o autor da emenda que instituiu a licença-paternidade.
Memória – O consultor João Guilherme Vargas Netto era, à época, um dos diretores da Oboré. Ele considera importante não só o registro do livro, como sua difusão, ainda que passados mais de 30 anos. Vargas comenta: “O livro é memória e quem não domina a memória está condenado a repetir os erros. As notas nos dizem muito sobre personagens e partidos. Pelo livro se vê que o PSDB de hoje não é uma pálida ideia do que foi o partido na época, principalmente pela destacada atuação do senador Mario Covas”.
Presidenciáveis – Na eleição de 1989, o Partido Liberal lançou Guilherme Afif Domingos, que fazia o discurso de renovação, na linha do atual partido Novo. Ia bem nas pesquisas, até que, num debate em rede nacional de TV, outro competidor sacou o “Quem foi quem”, mostrando que à página 579 Afif aparecia com três rotundos zero – no primeiro turno, no segundo e na média final.
SEGUE – A Agência Sindical segue com a série sobre os 31 anos da Constituição da República Federativa do Brasil – em nosso site, no boletim Repórter Sindical e em todas as redes sociais.
Agência Sindical
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