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Após barrar demissões, petroleiros suspendem greve por negociação

Foto: Gibran Mendes/CUT-PR:

Com 20 dias de paralisação, que garantiu a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados no Paraná (Fafen) e abertura de negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho, os petroleiros aprovaram quinta (20) a suspensão provisória da greve. A interrupção temporária do movimento visa abrir espaço para uma solução negociada.

A audiência de conciliação no TST, que colocará frente a frente representantes dos trabalhadores e gestores da Petrobras, foi marcada pelo ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, relator do dissídio coletivo de greve, para esta sexta (21), em Brasília.

Segundo o comando da greve, a reunião é uma chance de superar o impasse e buscar o atendimento da pauta de reivindicações que a Petrobras tem se recusado a negociar.

Prazos – O julgamento definitivo do caso no tribunal está marcado para o dia 9 de março. As demissões na Fafen estão suspensas, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), pelo menos até 6 de março.

Agência Sindical conversou com Gerson Castellano, diretor de Comunicação da FUP (Federação Única dos Petroleiros). Com atuação de base na Fafen, o dirigente avalia que a suspensão das demissões – que motivaram o início da greve nacional da categoria – “vem de encontro a reinvindicação principal do movimento”.

“A decisão, mesmo que liminar, nos dá tempo para buscar novas alternativas”, diz. Sobre a reunião desta sexta com a direção da empresa, ele está otimista. “Agora que o ministro do TST, Ives Gandra, se propôs a nos ouvir, acredito que a Petrobras não vá se recusar a negociar com essa intermediação. Vai ser importante, pois podemos colocar nossa versão”, observa.

Apoio – Com a perspectiva de iniciar uma negociação pra valer, a categoria busca acumular forças e ampliar o leque de alianças. Na quarta (19), dirigentes da FUP e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que representa os caminhoneiros autônomos, combinaram integrar as suas lutas.
O encontro, que ocorreu na liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, com a presença de vários deputados da oposição, decidiu reforçar a denúncia sobre as consequências para o consumidor da política de preços adotada pela Petrobras para os combustíveis.

Mobilização – Após a grande marcha da terça (18) no Rio de Janeiro, foi realizado ontem (20) mais um ato em solidariedade aos petroleiros. A manifestação, convocada por movimentos sociais, teve início no vão do Masp, em São Paulo.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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